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Enquanto.... Enquanto, ao competir com teu cabelo, ouro brunido ao sol deslumbra em vão; enquanto com desprezo ao rés-do-chão olha tua alva frente o lírio belo; enquanto atrás do lábio, por querê-lo, mais olhos que da rosa agora vão; e enquanto triunfa com afetação do luzente cristal teu ser de gelo; goza gelo, cabelo, lábio e frente, antes que esta que foi hora dourada – ouro, lírio, rosal, cristal luzente – não só em prata ou flor estiolada se torne, mas tu e tudo juntamente em terra, em fumo, em pó, em sombra, em nada. |
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