Na casa vazia.
A fragrância das magnólias
Choram nesta manhã
Que asfixia sentimentos
Retidos na retina
Destes olhos ao despertar.
Veste-se de angústias
Entre o paradoxo
De sonhos e realidade
Que na noite amarga
E consome-se em melancolia.
Na mesa vazia
Com fome de vida
Amor luz onde busco?
Interrogação em perguntas
Nos vazios de esperanças.
Sem ternura se esvai
No vento leva a vida
Reaparece na sombra
Ao longo deste universo
Pedaços de pérolas negras.
Desliza o fluxo dos amores
Por esperas e instantes
Arde de espanto
Ousados inquietos
Destas aquiescências de casa
(Iara Pacini)