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General: Zambeze-Luenha-Mazoe. Ouviram falar destes 3 rios?
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Respuesta Eliminar Mensaje  Mensaje 1 de 14 en el tema 
De: manueldasilva_manelito  (Mensaje original) Enviado: 06/09/2007 20:07
Isabel Antunes,
Com todo o prazer!
Isabel: Sabes que horas são? Acrescenta 7 horas aí às tuas horas.
Beijinho
Manuel
(Ent찾o fa챌am o favor de ler...)


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Respuesta Eliminar Mensaje  Mensaje 2 de 14 en el tema 
De: mariaisabelribeiro1 Enviado: 06/09/2007 20:29
1 BJS EM PRIMEIRA MO.
ISABEL R:

Respuesta Eliminar Mensaje  Mensaje 3 de 14 en el tema 
De: mariaisabelribeiro1 Enviado: 06/09/2007 20:29
1 BJS EM PRIMEIRA MO.
ISABEL R:

Respuesta Eliminar Mensaje  Mensaje 4 de 14 en el tema 
De: manuelnhungue Enviado: 06/09/2007 22:12
PERMITA-ME A LIBERDADE DE COLOCAR AQUI A SUA MENSAGEM.
O QUE É BONITO TEM QUE TER DESTAQUE!

Eis como atravessei o Mazoe

(Em pleno sertão, à beira dum rio farto e louco cujas águas descontroladas

apostavam em chegar rapidamente ao mar)


O Mazoe é um rio. É um afluente do Luenha, que por sua vez é um subsidiário do Zambeze.

Sendo um afluente dum outro afluente, poder-se-á pensar que se trata de um riacho.

Vamos raciocinar ao contrário: O Zambeze sabem o que é? Cahora Bassa?

Tete e a sua ponte? A passagem difícil na enorme garganta da serra Lupata?

É tudo muito grande.

O grande Mazoe desagua já ali no grande Luenha

e este desagua no grande Zambeze num local próximo de Mandiè.

Para se chegar a Mandiè parte-se do tro챌o de auto-estrada

que liga Changara a Tete (uns cento e tantos kms).

A auto-estrada em si, o Lenha e o Zambeze

formam um tri창ngulo onde se situa Wyriamo.

Mas, voltamos ao Mazoe que à escala de Moçambique

deverá desaguar algures num ponto muito próximo dessa auto-estrada

e n찾o longe da aldeia de Wyriamo.

Em meados da década de 60, este jovem que hoje e aqui vos escreve,

chega numa camioneta à margem esquerda do Mazoe

através de uma picada, a fim de o atravessar.

Esta picada foi feita propositadamente para desviar temporariamente

os veículos automóveis enquanto a ponte do Luenha

(que fazia parte da auto–estrada) se ia construindo.

Naquela zona, o Luenha e o seu célebre subsidiário Mazoe

correm entre enormes rochedos e cavaram ao longo dos séculos

aut챗nticas vias rápidas nas suas profundezas.

De tal modo, que os engenheiros tiveram que subir o rio

e conduzir o tal desvio a uma dezena de quilómetros a montante,

numa zona baixa e inclinada, como baixa e inclinada era a própria ponte do Mazoe;

uma ponte, sem guardas, estreita, com uns 200 m de comprimento.

Pensem bem: baixa, inclinada e ainda por cima sem guardas.

Esta ponte, alta na margem esquerda, descendia ligeiramente para a margem direita,

e as águas do Mazoe cobriam naquele momento metade da ponte.

Est찾o a imaginar?!


Esse jovem de que vos falo, tinha um irm찾o e pediram os favores de um destemido;

isto é, uma boleia de Moatize para Vila Pery.
O nosso homem vira-se para aquelas duas crian챌as e decide:

<>.
Seguran챌a? Mas que palavr찾o para duas crian챌as!

Atrás de nós estava uma mata e o sol estava a p척r-se.

A última aldeia distava dali uns 25 minutos de carro e chamava-se Chic척co.

E ainda se deve chamar, pois n찾o há fic챌찾o.

Era um minúsculo agregado de palhotas de onde eu tinha cheirado

e visto sair a fuma챌a própria do cozinhado para a refei챌찾o da noite

e em que a estrada improvisada (mas já muito usada)

passava entre pequenas machambas de ameixoeira e ma챌anicas.

Um cabrito por aqui e por ali a comer as folhinhas das micaias,

assim como algumas galinhas. Mas fora da aldeia e na picada

tínhamos avistado galinhas do mato e alguns hervívoros selvagens.

Sabem do que vos estou falando?

Pois claro, do sert찾o africano na província de Tete,

a mais quente e seca e talvez a mais despovoada província de Mo챌ambique.


A palavra Mazoe aparecia escrita nos rótulos de garrafas de sumo de laranja

com origem no país vizinho.

Na verdade o rio nasce na Rodésia

e eventualmente atravessa uma regi찾o fértil do norte da Rodésia

(o Zimbabwe de hoje), onde se produziam citrinos.


Por razões de segurança tínhamos aceitado ficar os dois de cócoras à beira do rio,

cujas águas corriam a bom correr na outra metade da ponte.

Toda a cena se desenrola em pleno sertão, à beira dum rio farto e louco

cujas águas descontroladas apostavam em chegar rapidamente ao mar.


Deixando as luzes acesas,

o nosso amigo voltou de facto para nos levar, como combinado.
Exclamou ent찾o logo que se abeirou de nós:

<

arrastem-nos sempre pela ponte e segurem-se bem a mim!>>.


O meu cora챌찾o come챌ou a saltar tanto que eu quase desfaleci.

Nem uma, nem duas, e lá fomos bem agarrados os tr챗s,

escorregando os pés ao longo do tabuleiro.

Sil챗ncio absoluto nos primeiros minutos. Muita concentra챌찾o.


As margens graníticas altas caíam abruptas

e fechavam-nos num imenso mar de água castanha com uma tenebrosa torrente.

Que cenário horrível!


<> Começava eu a suplicar em silêncio.

Olha por estes tr챗s pobrezitos! >> Pobrezitos sim,

ou talvez tr챗s inconscientes a desafiar ingenuamente a m찾e natureza

e a querer entregar a alma ao Criador.
E se caíssemos, onde iriam parar os nossos corpos?

Que arrepio, meu Deus!


Aí fomos indo nós, descal챌os, e pés bem aderentes ao cimento.

Na parte mais crítica tive muito medo e quase chorei.

A for챌a da água era tal que eu quase já n찾o conseguia arrastar os pés.

Nem eu, nem ninguém. E o nosso “herói”, gritava:

<< n찾o levantar , arrastem, arrastem, arrastem, ...>>

E passados uns bons 20 minutos estávamos na margem direita a tocar a camioneta,

cujos farolins estavam a ser batidos pela água brava daquela enorme torrente.


Exclamou ent찾o o nosso herói:

<

Se n찾o tivessemos passado, teríamos de regressar a Moatize

que fica a uns 150 kms. Deve estar a chover muito na Rodésia!>>.
N찾o recuámos e chegámos a Vila Pery passadas umas 6 horas, s찾os e salvos!


Uma tarefa de alto risco e muito desconfortável mas com um final feliz!
Agora digam-me:

Um homem com duas crian챌as, arriscando daquela maneira a travessia

dum <> rio a transbordar de água, a deixar somente meia ponte a descoberto,

em condições tão severas, não merece ser chamado de HERÓI?

Claro que merece!


E sabem que mais, este HERÓI deixou-nos em casa dos nossos pais

com um sorriso nos lábios e desapareceu.

Era um ilustre farmeiro cuja farme infelizmente nunca cheguei a conhecer.
Também n찾o o voltei a ver.
Este foi o meu primeiro grande susto da minha vida.
Ainda hoje me arrepio, quando penso no Mazoe e naquela travessia.
É, talvez, por esta e por outras que sou assumidamente um calculista.

Por vezes desmesuradamente!


Ma(nelito) – Agosto 2007

Fotos inseridas por amável colabora챌찾o da Carlinha



Respuesta Eliminar Mensaje  Mensaje 5 de 14 en el tema 
De: mariommarinho1 Enviado: 06/09/2007 22:25

Respuesta Eliminar Mensaje  Mensaje 6 de 14 en el tema 
De: misabelantunes1 Enviado: 07/09/2007 02:04
Manelito,
Já tive oportunidade de apreciar este teu, maravilhoso, trabalho, na nossa querida Comunidade de Vila Pery, onde fomos alunos do Colégio de Nossa Senhora da Conceição, embora separados pela diferença de idades; eu tenho mais uns anitos e sinceramente, voltei a sentir o mesmo. Um arrepio de medo e uma sensação de alívio e alegria, no final feliz, porque a forma como escreves e a memória que tenho daqueles gigantes enfurecidos, me permitiram, diriam mesmo, assistir ao "filme".
Muito obrigada, Manelito.
Um beijinho.
Isabel

Respuesta Eliminar Mensaje  Mensaje 7 de 14 en el tema 
De: espadinha1940 Enviado: 07/09/2007 03:02
Manuel da Silva:
Estive a ler a sua bela história e de repente senti-me a ver um filme de terror. Mas gostei porque felizmente conheci África e só assim se pode dar valor às coisas de lá. Adorei as fotografias!
Um abraço e continue a oferecer-nos o relato das suas aventuras.
Espadinha

Respuesta Eliminar Mensaje  Mensaje 8 de 14 en el tema 
De: manueldasilva_manelito Enviado: 07/09/2007 19:39
Mário Marinho,
Obrigado. Devolveu-me o texto original. Fez muito bem.
Mário, sabendo que o senhor tem colocado aqui factos históricos que na verdade ainda não li por falta de tempo, perguntar-lhe-ia se tem algo sobre Massangano. Eu explico: Como militar estacionado em Mungári fui obrigado a fazer uma viagem dali ao rio Zambeze em tempo de guerrilha (decorria o ano de 1973). Acho que cheguei ao Mandiè ou lá perto e perguntei ali à beira do Zambeze se havia restos de uma povoação de nome Massangano (residência de um prazeiro que administrou a região do Bárue). Apontaram-me uma estrada e disseram-me que teria de percorrer uns 7kms rio abaixo. Assim foi. Fui mesmo ao Massangano com os meus leais companheiros da vida militar. Fiquei impressionado pois ainda me deparei com os restos de construções que deveriam ter sido fortificações mas que já estavam em estado avançado de ruina e abandono.
Responda-me e se n찾o tiver, n찾o se preocupe mais com isso!
Um abra챌o
Manuel

Respuesta Eliminar Mensaje  Mensaje 9 de 14 en el tema 
De: manueldasilva_manelito Enviado: 07/09/2007 19:43
Espadinha,
Lembro-me bem de si. Já n찾o nos comunicávamos há uns largos meses.
Um abra챌o e obrigado pelo elogio.
Manuel

Respuesta Eliminar Mensaje  Mensaje 10 de 14 en el tema 
De: manueldasilva_manelito Enviado: 07/09/2007 19:48
Isabel Antunes,
Não fales de idades, muito menos de diferenças de idade. Fala de nós como colegas em Vila Pery e amigos ligados pela vivências de África.
Beijinho e bom fim de semana.
Manuel

Respuesta Eliminar Mensaje  Mensaje 11 de 14 en el tema 
De: manueldasilva_manelito Enviado: 07/09/2007 19:52
Isabel Ribeiro,
Beijinho
Manuel

Respuesta Eliminar Mensaje  Mensaje 12 de 14 en el tema 
De: mariommarinho1 Enviado: 07/09/2007 20:35
Manelito,
Limitei-me a colocar o seu "Olhar sobre Macau" no portal dos links, pela preciosidade que encerra, e também para o proteger, facilitando a consulta sem prejuízo de perdas na porta geral, como abaixo pode ver:
De: Apelido MSNMarioMMarinho1 (Mensagem original) Enviado: 6/9/2007 18:53
De: Apelido MSNManueldaSilva_manelito (Mensagem original) Enviado: 6/9/2007 14:07
Um olhar sobre Macau a partir da Torre de Macau:
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Mário Marinho,
Obrigado. Devolveu-me o texto original. Fez muito bem.
Mário, sabendo que o senhor tem colocado aqui factos históricos que na verdade ainda não li por falta de tempo, perguntar-lhe-ia se tem algo sobre Massangano. Eu explico: Como militar estacionado em Mungári fui obrigado a fazer uma viagem dali ao rio Zambeze em tempo de guerrilha (decorria o ano de 1973). Acho que cheguei ao Mandiè ou lá perto e perguntei ali à beira do Zambeze se havia restos de uma povoação de nome Massangano (residência de um prazeiro que administrou a região do Bárue). Apontaram-me uma estrada e disseram-me que teria de percorrer uns 7kms rio abaixo. Assim foi. Fui mesmo ao Massangano com os meus leais companheiros da vida militar. Fiquei impressionado pois ainda me deparei com os restos de construções que deveriam ter sido fortificações mas que já estavam em estado avançado de ruina e abandono.
Responda-me e se n찾o tiver, n찾o se preocupe mais com isso!
Um abra챌o
Manuel
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Depreendo que o conteúdo da mensagem acima se destinará a outro interveniente, e,
porque a César o que é de César, ................
Como sabe, por troca de impress천es noutro local, também fui militar nos anos 73/75,
Tete/Quelimane. Em relação ao Massangano, lamento não lhe poder ser útil.
Um abra챌o,
Marinho


Respuesta Eliminar Mensaje  Mensaje 13 de 14 en el tema 
De: augustomacedopinto1 Enviado: 07/09/2007 23:43
Olá,
Gostei do texto.Algures em 1962/63 fizemos um acampamento de Escutismo na foz do Luenha, foi o máximo!Penso que quererá dizer CHIOCO e n찾o CHICOCO pois esta localidade fica/ficava perto da Chiúta.
Quanto ao Massangano tentarei dar o meu contributo,logo que chegar ao local onde tenho a informa챌찾o.
Um abra챌o,
Augusto

Respuesta Eliminar Mensaje  Mensaje 14 de 14 en el tema 
De: manueldasilva_manelito Enviado: 08/09/2007 18:13
Estimado Augusto Macedo Pinto,
Obrigado. Desculpe antes de mais "o seu a seu dono". Sinto curiosidade em relacionar aquelas paredes semi-destruidas (restos de antigas fortificações) à beira do Zambeze com o seu real valor histórico (prazos da coroa).
Chi척co era de facto a povoa챌찾o mais importante daquela zona (teria o estatuto de uma circunscri챌찾o porque tinha um administrador). Ficava muito no interior, mas com recursos importantes. Chic척co era uma pequenina povoa챌찾o que ficava próximo do rio Mazoe e que a picada atravessava, portanto bem mais próximo da estrada Changara-Tete, embora o maior aglomerado de palhotas ficasse do lado direito de quem se dirigia para Vila Pery. Teria o estatuto de povoa챌찾o eventualmente teria um régulo. Também é bem verdade que existe um outro Chic척co para os lados da Chiúta. Ainda bem que me lembrou que vou come챌ar a escrever sobre a Chiúta e lá incluirei o Chic척co.
Um abra챌o
Manuel


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