"ESTÓRIAS DE VILA PERY"
A NOSSA GUERRA DE PAINT BALL
COMO TE FALEI, A FALTA DO QUE FAZER ERA UMA FESTA PARA O CAPETA,
PRINCIPALMENTE NAS FERIAS CURTAS ONDE MUITOS FICAVAM POR LÁ.
NO CENTRO DO EUCALIPTAL, HAVIA OS RESTOS DE UM AVIARIO. SÓ AS
PAREDES. ESSE ERA O FORTE. SE DIVIDIAM DUAS TURMAS E SE SORTEAVA
QUEM FICAVA NO FORTE.
AS ARMAS: CANOS DE FERRO DE CONSTRUCAO CIVIL COM 1 A 2 METROS, UMA
DAS PONTAS PARCIALMENTE AMASSADA, DEIXANDO UM PEQUENO BURACO.
BOMBINHA DE S.JOAO INTRODUZIDA NO CANO, FICANDO COM O RASTILHO PARA FORA.
UMA QUINA, FRUTO PARECIDO COM UMA AZEITONA, EMPURRADA PELO CANO ABAIXO
E A ARMA ESTAVA PRONTA PARA DISPARAR.
OS DO FORTE TINHAM AS PAREDES PARA SE PROTEGEREM, E OS DE FORA OS EUCALIPTOS
PARA SE ESCONDEREM.
SE TINHA CAPETA, TAMBEM DEVIA TER DEUS PARA AO MENINO E AO BORRACHO POR A
MÃO POR BAIXO. NUNCA NENHUMA DAS ESPINGARDAS ESTOUROU NAS NOSSAS MÃOS, NEM
NINGUEM FICOU CEGETA...SÓ TINHA UM PROBLEMA. COMO TODOS ANDAVA DE CALCOES
E CAMISA, QUANDO A PETECA ACERTAVA ALGUEM, ARRANCAVA A PELE E DEIXAVA
AQUELA NODOA NEGRA.