NOITE
Noite,
Meu rio das águas mansas!
Meu afluente d’esperanças
Que se espraiam ao luar.
Noite,
Relicário dos meus sonhos!
Dos meus enlevos risonhos,
Com as estrelas a brincar.
Noite,
Minha fiel companheira,
Minha musa conselheira,
Minha amiga e amante.
Noite,
M찾e dos meus cinco sentidos,
Que no céu andam perdidos
Na estrela mais distante.
Noite,
Meu barquinho d’ilusões,
Fogo-fátuo de emo챌천es;
Minha aurora Boreal.
Noite,
És meu castelo de areia
Envolto p’la lua cheia
Que ilumina o areal.
Graziela Vieira
Ourém, 1980