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POESIA: OS MEUS AMANTES - POR GRAZIELA VIEIRA
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Respuesta Eliminar Mensaje  Mensaje 1 de 4 en el tema 
De: e-petromax  (Mensaje original) Enviado: 03/10/2007 16:24

OS MEUS AMANTES



I

Há anos, que já v찾o algo distantes,

A minha professora me ensinou

A gostar dos meus primeiros “amantes”.

O gosto, para sempre me ficou.


II

Com eles aprendi o “Bê à Bá”

Da inicia챌찾o aberta ao intelecto.

Desnudo a Obra impressa que neles há!

Difícil é, escolher o mais dilecto.


III

Vivo momentos belos, de aventura,

Vestindo a pele dos Doutos personagens.

E vejo de palanque a M찾e Natura

Parindo as mais idílicas paisagens.


IV

Se uns me transportaram à pré-história,

Mostrando-me lugares, que intercalam

Com factos que, nas brumas da memória,

Perduram ainda nas “Pedras que Falam”.


V

Outros, em que me revejo enfim,

Delatando o sofrimento imundo,

Causado por acólitos de “Odin”,

Desde os primórdios mundos que há no Mundo.



VI

Com alguns, fiz viagens de Conquista!

Por longos mares de lendas e mistério:

Atravessando a era quinhentista,

Privando com Heróis do nosso Império.


VII

Há os que me mostraram os palácios,

Da longa monarquia portuguesa;

Onde alguns, só cultivavam o ócio!

Escravizando o povo, na pobreza.


VIII

Porém, há o reverso da medalha,

Pois muitos foram Reis exemplares!

Fizeram do reinado, uma batalha

De Obras, ainda hoje modelares.


IX

Como o sol que se p천e ao fim do dia

Em suaves matizes deslizantes,

Aprendi a amar a poesia,

Nos versos dos “Vates” mais fulgurantes.


X

Vivi as desventuras e o lirismo

Dum Homem, de alma pura e repleta.

De amores e infindo patriotismo,

Luís Vaz de Cam천es, primaz Poeta.



XI

A “Musa”, com o seu meigo manto, envolve

As almas dos sensíveis e imortais:

Antero, Pessoa, Cesário e Nobre!

E um vasto leque, doutros seus iguais.


XII

Tenho um, que de forma eloquente,

Me mostra devassando, tanta vez:

A vida e os “Autos de Gil Vicente”!

Patrono do Teatro Portugu챗s.


XIII

Nas asas do sonho, subo às alturas,

Aonde os meus “amantes” me levaram

A ver outros povos, outras culturas,

E amores e desamores que se cruzaram.


XIV

Com outros, fui desvendando o segredo

Da bela arte; “alada e acústica”!

Que os bons compositores, cheios de enlevo!

D찾o á luz, e ao mundo, a boa música.

XV

Vi barracas e casas de abastan챌as;

Separadas, às vezes só por muros.

Dum lado, se empanturram nas festan챌as;

Do outro, sobrevivem nos monturos



XVI

Sem o poder do homem sobre o homem,

E cada qual, só com o que é preciso,

N찾o havia desabrigados, nem fome!

Era a vida na terra, um paraíso.


XVII

S찾o estas as ila챌천es que vou tirando,

Quando me refugio no meu canto,

Com mais de mil amantes conversando,

Através deles, é que eu viajo tanto.


XVIII

Por eles, troco outros lazeres e labores;

Quando os acaricio, toda eu vibro.

S찾o meus fiéis amantes, meus amores!

Fazem parte de mim! S찾o os meus livros.





Graziela Vieira

Valada--Ourém



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Respuesta Eliminar Mensaje  Mensaje 2 de 4 en el tema 
De: misabelantunes1 Enviado: 03/10/2007 16:42

Graziela,

Parabéns por este belo trabalho!

Beijinhos.

Isabel


Respuesta Eliminar Mensaje  Mensaje 3 de 4 en el tema 
De: misabelantunes1 Enviado: 03/10/2007 16:42

Graziela,

Parabéns por este belo trabalho!

Beijinhos.

Isabel


Respuesta Eliminar Mensaje  Mensaje 4 de 4 en el tema 
De: graziela_vieira Enviado: 04/10/2007 01:58
Obrigada, Fico feliz por ter gostado
Uma boa noite para si e todos os participantes


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