Cheia de penas, quando com penas me deito
quando me visto com elas, e com elas me levanto
me enfeito, choro canto, e de penas cubro o leito
quando na cama me deito, e sem jeito,
com elas cubro meu peito, que um dia serviu de leito
das penas que hoje n찾o sinto, se te disser e n찾o minto
que tudo aquilo que sinto, nem sequer resta o desejo
que perdi quando num beijo, um dia me deste a medo,
sem medo de me perder, eu acabei por esquecer.
E sem penas hoje me deito, no que outrora foi meu leito
dum sonho que foi miragem, perdido pela voragem
do tempo hoje passagem e que procuro esquecer
nas penas de te n찾o ver, quando quando no leito vazio.
apenas eu sinto frio, o frio de te perder!
S찾oP 15 de Outu 2007