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General: UM HERÓI DOS NOSSOS DIAS
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De: misabelantunes1  (Mensaje original) Enviado: 26/10/2007 20:39
Numa cadeira de rodas : Médico vive dias conturbados
O SONHO era concluir o Mestrado em Saúde Pública e especializar-se em Cirurgia. Conseguido o feito, o passo seguinte seria regressar à cidade de Nampula, de onde saiu em 2001, com destino à capital do país, com o intuito de continuar os estudos. Infelizmente, o sonho de Ernesto Macongonde, natural de Cabo Delgado e radicado em Nampula, ficou adiado quando a 1 de Maio de 2003, cerca das 18 horas, minutos depois de descer do “chapa”, na paragem do bairro de Bagamoyo, foi interpelado e baleado por um quarteto de criminosos. A vítima foi atingida com gravidade quando regressava de mais uma jornada de estudo, com vista a preparar melhor a defesa do Mestrado em Saúde Pública, que só viria a conseguir fazê-lo em 2005. Ficou paraplégico por causa do projéctil que continua alojado nas suas costas. A bala entrou pela zona do pescoço (de baixo da nuca), atingiu a medula e foi parar numa região das costas, tida como de menor problema para continuar a viver. O crime seguiu-se a uma acção forçada dos criminosos que na circunstância se apoderaram do seu telemóvel e de 15 meticais (15 mil da antiga família), dinheiro que havia sobrado como troco do “chapa”. Poucos dias depois do seu baleamento, a equipa médica moçambicana, depois de tudo fazer e não conseguir, achou melhor evacuá-lo para a vizinha África do Sul, onde se esperava que fosse submetido a uma intervenção cirúrgica, descrita como delicada, com o intuito de extrair a bala. A complexidade da operação levou a que em Agosto do mesmo ano voltasse a ser evacuado pelos sul-africanos para Cuba, onde a Medicina é descrita como estando muito avançada. Maputo, Sexta-Feira, 26 de Outubro de 2007:: Notícias
Na terra de Fidel Castro, Ernesto Macongonde viria a recuperar parte da sensibilidade perdida nalgumas regiões do corpo quando do seu baleamento, sobretudo os membros inferiores, onde praticamente não sentia nada. Em Maio do próximo ano completará cinco anos após ter sido baleado pelos bandidos. Cinco anos vividos numa cadeira de rodas. Anos que, segundo confessou em entrevista ao “Notícias”, perdeu a esperança de um dia poder voltar a andar. Disse que os médicos cubanos garantiram-lhe que voltaria a andar nem que isso tivesse que acontecer mediante o uso de canadianas. Nada disso está a se verificar, o que o leva a ficar mais desesperado. No meio desta incerteza, o nosso interlocutor afirma que o que mais agrava a sua condição é o facto de lhe ter sido retirada, no dia 5 de Outubro, a casa que vinha ocupando desde que se encontra nestas condições. Os problemas agravam-se na medida em que a cadeira de rodas eléctrica que vinha usando está há alguns meses avariada, criando sérios problemas não só para a sua locomoção, como também para uma melhor e eficaz manobra no seu local de trabalho. De momento usa uma cadeira manual que não tem a mesma mobilidade que a de rodas eléctricas.

Goraram-se as esperanças de um dia voltar a andar

MÉDICOS moçambicanos e sul-africanos, depois de esgotarem tudo o que sabiam da ciência para o fazer voltar a andar ou pelo menos devolver a sensibilidade que o afectava, decidiram evacuá-lo para a Ilha de cuba. Num dos hospitais de reconhecido gabarito, onde se acreditava que tudo iria dar certo, nada de substancial foi conseguido.
A expectativa, conforme explicou Ernesto Macongonde, era de ver consumada a indica챌찾o da junta médica cubana, dada em 2003, de que ao fim de cinco anos voltaria a caminhar com os seus próprios pés.
“Infelizmente, é uma recuperação abaixo daquilo que me garantiram. Em Maio de 2008 farei cinco anos, mas nada indica que possa voltar a dar os primeiros passos com vista a um caminhar sem grandes esforços. Quanto mais caminho para o término do prazo dado, sinto que se esvaziam as esperanças de voltar a andar” – lamentou.
Porque isso tarda a acontecer e nada indica que seja tão já, o nosso entrevistado indica que as suas atenções de momento concentram-se na adaptação à vida que lhe foi forçada a ter: cadeira de rodas.
Assim, a rotina diária começa pouco depois das 6 horas, em que segue para o trabalho no sector de Radiografia do Hospital Central de Maputo (HCM). A jornada laboral só termina às 14-30, altura em que entra para o ginásio para uma sessão de fisioterapia.
Cumprido esse facto, regressa à casa, onde para além de ler alguns livros e jornais, distrai-se assistindo televisão.
Sem casa, equaciona regressar a Nampula
Maputo, Sexta-Feira, 26 de Outubro de 2007:: Notícias
QUANDO em 2001 saiu da cidade de Nampula para a capital do país, a fim de fazer a Licenciatura em Saúde Pública, ficou hospedado em casa do seu irm찾, no bairro de Bagamoyo. Após o acidente e retomado a actividade profissional, o Ministério da Saúde se prontificou a custear as despesas inerentes ao aluguer da casa onde até 5 de Outubro corrente vivia, no bairro Central, mesmo em frente ao HCM.
Inesperadamente, foi lhe comunicado pela proprietária da casa que naquele dia deveria desocupar o imóvel porque ela tinha novos compromissos com a vivenda.
Em resultado das condi챌천es em que se encontra a viver (na cadeira de rodas), a sua resid챗ncia deve estar próxima do local de trabalho. Assim, numa velocidade nunca antes experimentada, teve de procurar outra casa e mudar-se. Felizmente, encontrou-a, também, junto ao HCM.
Com alguma mágoa conta que só deve habitar na nova casa até Janeiro do próximo ano, ao que depois n찾o se sabe o que poderá acontecer.
“As rendas são altas e muito aquém das minhas capacidades. Não sei se o MISAU estará disposto a continuar a arcar essas despesas. Ultimamente ando preocupado com essa situação e não posso viver assim. Caso não haja um desfecho favorável, não me restará outra saída senão regressar à cidade de Nampula, onde tenho casa própria. O ministério não prometeu pagar eternamente a renda, mas também não estou em condições de desembolsar o que não tenho” – disse.
A acontecer isso, segundo ele, será com muita pena, atendendo que está actualmente a se especializar em radiologia, ramo para o qual acabou sendo desviado devido à condição de paraplégico. “Caso a situação se agrave, ou seja, ficar sem casa ou condições de pagar, prefiro voltar para Nampula. Confesso que senti, durante a recente mudança, que algo de estranho se estava a passar no MISAU e que a qualquer momento pode deixar de custear a renda. Na rua é que não vou parar” – apontou.

HÉLIO FILIMONE


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Respuesta Eliminar Mensaje  Mensaje 2 de 3 en el tema 
De: sao_percheiro25 Enviado: 26/10/2007 21:03
Tanta injusti챌a e falta de humanida santo Deus!
Como este conhe챌o muitos outros Heróis que ficaram no esquecimento!
Oxalá o nosso amigo consiga for챌as para ir até ao fim da jornada que pelo que vejo vai ser longa!
S찾o Percheiro

Respuesta Eliminar Mensaje  Mensaje 3 de 3 en el tema 
De: sao_percheiro25 Enviado: 26/10/2007 21:03
Tanta injusti챌a e falta de humanida santo Deus!
Como este conhe챌o muitos outros Heróis que ficaram no esquecimento!
Oxalá o nosso amigo consiga for챌as para ir até ao fim da jornada que pelo que vejo vai ser longa!
S찾o Percheiro


 
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