Brasil/Fórum Internet: Rede pode tornar-se numa ferramenta de repress찾o em algumas na챌천es - Aministia Internacional
15 de Novembro de 2007, 00:45
Rio de Janeiro, 15 Nov (Lusa) - A Internet pode tornar-se numa ferramenta de repress찾o política em determinados países e algumas empresas multinacionais s찾o cúmplices dessas práticas, denunciou quarta-feira a Amnistia Internacional, no II Fórum para a Administra챌찾o da Internet.
O alerta foi dirigido pelo director de campanhas da Amnistia Internacional, Nick Dearden, no Fórum, organizado pelas Na챌천es Unidas, que está a decorrer no Rio de Janeiro até quinta-feira.
Neste fórum participam 100 países com mais de mil representantes de governos, empresas e da sociedade civil.
"Muitas pessoas s찾o reprimidas e detidas pelo que dizem na Internet pelos governos, que vigiam permanentemente a rede", disse o mesmo responsável.
Nick Dearden explicou também que conforme a Internet se expande pelo mundo, também se multiplicam os métodos para filtrar, modificar, bloquear e excluir conteúdos que n찾o agradam alguns governos.
Segundo a Amnistia Internacional, as restri챌천es da liberdade de express찾o on-line aumentaram em todo o mundo.
Os dados da organiza챌찾o internacional para a defesa dos direitos humanos indicam que há cinco anos apenas tr챗s países - a China, o Ir찾o e a Arábia Saudita - utilizavam filtragem de conteúdos mas, hoje em dia, s찾o mais de uma dezena as na챌천es que filtram a informa챌찾o, entre eles a Birm창nia, Marrocos e Tail창ndia.
Se esta situa챌찾o persistir, disse Nick Dearden, a Internet pode converter-se numa ferramenta de repress찾o.
Nas apresentações dos vários painéis deste fórum, duas preocupações estiveram a ser debatidas: os países em vias de desenvolvimento querem ampliar o acesso à Internet, enquanto os países mais ricos estão preocupados na criação de mecanismos para combater o cibercrime.
Nick Dearden lan챌ou para o debate uma nova preocupa챌찾o: a censura e repress찾o.
"Os países europeus manifestaram a sua preocupação pelo uso da Internet para delitos como a pornografia infantil, o terrorismo e a fraude mas não se pronunciam sobre o direito de aceder livremente à Internet ou sobre a repressão aos internautas", explicou.
O responsável foi mais longe, acusando que há falta de "vontade política" para defender a liberdade.
"Ouvimos falar pouco nestas reuni천es sobre o que ocorre aos que s찾o reprimidos por usar a Internet", continuou.
Representando a organiza챌찾o internacional, aproveitou para pedir aos governos para que suspendam a persegui챌찾o e a legisla챌찾o que restringe a liberdade de express찾o on-line.
Pediu também que libertem todos os internautas presos por usar a rede para expressar as suas opini천es políticas.
Além dos governos, as empresas multinacionais com sede nos países repressores devem ajudar na luta pelo livre acesso e liberdade de express찾o mas, em muitos casos, s찾o cúmplices dos mecanismos para bloquear conteúdos.
"As empresas também t챗m de garantir a defesa da liberdade de express찾o. N찾o podem ser cúmplices dessa repress찾o", acrescentou.
Segundo a Amnistia Internacional algumas multinacionais da área informática colaboraram com o governo chin챗s para criar tecnologias de controlo e filtragem e até algumas grandes empresas aceitaram restringir servi챌os que n찾o agradam a Pequim.
ARR.
Lusa/Fim.