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General: À ESPERA.....
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De: mayra1950  (Mensaje original) Enviado: 17/11/2007 07:50
À espera
Sensa챌찾o natural e inerente ao ser humano, a ansiedade pode se transformar em transtorno, alertam especialistas
Por Andrea Guedes

Dados do Ambulatório de Ansiedade (Amban) da Universidade de São Paulo revelam que entre 12 e 24% da população mundial poderá desenvolver alguma doença relacionada à ansiedade.

Ansiedade é quando sempre faltam muitos minutos para o quer que seja, conforme a definição da escritora Adriana Falcão. A sensação de estar à espera de algo, bom ou ruim, é normal e inerente a qualquer ser humano. No entanto, em alguns casos ela deixa de aparecer apenas naquelas situações "críticas e passa a acompanhar o indivíduo em todos os momentos, transformando-se em um transtorno.

A publicitária Márcia Rosane Stival, de 35 anos, sabe bem como é conviver com a angústia sem causa aparente. "Sentia uma inquieta챌찾o constante e ficava insegura para exercer as atividades normais do dia-a-dia. Isso atrapalhou muito a minha vida", lembra ela, que percebeu o transtorno aos 30 anos, após ter casado, mudado de emprego e de estado.

Muitas pessoas vivem sofrendo com o mal-estar causado pela ansiedade, sem ter consciência de que é uma doença. E o que é pior: podendo evoluir para casos mais graves, chamados de transtornos ansiosos, como o transtorno do pânico, transtorno obsessivo compulsivo (TOC), fobias específicas, entre outros. Embora todos estejam relacionados à ansiedade, cada um possui uma característica diferente e sintoma específico.

O médico Luiz Vicente Figueira de Melo, do Amban, explica que existem dois tipos de ansiedade. A basal é normal e relativa, variando de um indivíduo para outro. A ansiedade t척nica é quando ela está acima da média, geralmente acompanhada de inquieta챌찾o e mal-estar.

O psiquiatra Isaac Efraim acrescenta que a angústia passa a ser um fator de limita챌찾o, já que o indivíduo sente dificuldade em dormir, nervosismo e pensamentos negativos repetitivos.

"É natural a pessoa sentir-se ansiosa em algumas ocasiões, mas quando a sensação chega a atrapalhar o desempenho do indivíduo, impedindo-o de exercer suas atividades básicas, o caso é patológico. É preciso, então, fazer uma avaliação psicológica ou psiquiátrica", alerta Melo. Foi o que fez a publicitária Márcia, que foi submetida a um tratamento psicológico e, simultaneamente, tomou um medicamento ministrado pelo psiquiatra.

De acordo com Melo, um dos tratamentos para o transtorno da ansiedade é a Terapia Cognitiva Comportamental, que consiste em fazer com que o paciente entenda o seu problema e aprenda a lidar com a situa챌찾o de ansiedade. "Se o indivíduo tem medo de elevador, ele vai, aos poucos, enfrentando o problema e entrando no elevador até n찾o se sentir mais ansioso. Os resultados s찾o muito bons", aponta. O psiquiatra Efraim lembra que, quanto mais se entende os condicionamentos dos próprios sentimentos, mais fácil é reduzir a ansiedade.

Também s찾o ministrados antidepressivos inibidores de recapta챌찾o de serotonina seletivos, que s찾o mais modernos e n찾o causam tantos efeitos colaterais. "Eles aumentam o nível de energia psíquica. Desta forma, o paciente sente-se mais forte, evitando que ele entre novamente no estado ansioso", completa Efraim. Os ansiolíticos n찾o s찾o muito utilizados porque s찾o paleativos e n찾o agem no foco do problema. No entanto, em alguns casos s찾o receitados no início do tratamento porque t챗m a챌찾o imediata e efeito sedativo.

Após o tratamento, Márcia aprendeu a administrar a ansiedade e adquiriu qualidade de vida. Hoje, ela é voluntária da Associação dos Portadores de Transtornos de Ansiedade (Aporta), entidade ligada ao Amban, formada por ex-pacientes, pacientes e profissionais da área de saúde mental, que se propõe a ajudar as pessoas afetadas pelos transtornos de ansiedade. "É importante destacar que tem solução. Basta abrir mão do preconceito e procurar ajuda. Eu passei e sobrevivi", comemora.




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