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General: O SÉTIMO SELO" - JOSÉ RODRIGUES DOS SANTOS
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De: misabelantunes1 (Mensaje original) |
Enviado: 20/11/2007 13:58 |
A obra literária de José Rodrigues dos Santos apresenta uma característica transversal a todos os seus livros: desde os ensaios “Crónicas de Guerra” (2 volumes, “Da Crimeia a Dachau” e “De Saigão a Bagdade”), passando pelos romances, como “A Filha do Capitão” (tendo por temática a I Guerra Mundial), “O Codex 632″ (elaborando sobre as origens de Cristóvão Colombo) ou “A Fórmula de Deus” (recorrendo a complexos conceitos de Física e Cosmologia, mesclando ciência com uma dimensão espiritual), a componente “didáctico-pedagógica” não deixa nunca de estar presente. Com todas estas obras, sempre aprendemos algo. Necessariamente, assim teria de acontecer também com “O Sétimo Selo”, que - lamento, pela consideração e respeito que me merece o autor - me vejo compelido a qualificar como um romance falhado, que poderia - com vantagem para todos, leitores e autor (não obstante o inevitável prejuízo da vertente comercial) - ter resultado em novo ensaio em potencial, cujo conteúdo e mensagem só teria a ganhar em credibilidade caso fosse essa a forma adoptada. Mais do que em qualquer dos seus anteriores romances, ressalta em “O Sétimo Selo” a escrita “ao correr da pena”, de um jacto, procurando explorar o “filão Dan Brown” (revelando-se inevitável a associação do prólogo com o início de “A Conspiração”), com o eterno herói Tomás de Noronha (perito em criptanálise e línguas antigas - ficamos sem perceber exactamente qual o fundamento do seu recrutamento para esta missão, tão frágil se revela o argumento da charada do “número da besta”, o mítico 666) envolvido em novas e rocambolescas aventuras, vivendo uma espécie de romance (?) - aqui, perfeitamente “colado com cuspo” - com uma sempre remodelada (e algo inverosímil) co-protagonista. Não obstante as cerca de 500 páginas deste livro, a sensação que perdura é a de um apressado corropio, desde Coimbra à Austrália, passando pela Antárctida, Viena e Sibéria. Pretendendo embrulhar a vital mensagem do aquecimento global e dos efeitos da explora챌찾o e consumo de petróleo como for챌a motriz do desenvolvimento económico da nossa civiliza챌찾o numa obra de cariz romanesco, acabam por ressaltar, tendo de ser sublinhadas, as suas inconsist챗ncias ou incongru챗ncias, de que s찾o mais cabais exemplos a (em minha opini찾o) infeliz forma como é introduzida na trama a quest찾o geriátrica (com o protagonista, a assumir a perfídia de, trai챌oeiramente, internar a m찾e num lar de idosos), para além da também falida pressuposta rela챌찾o rom창ntica do protagonista. |
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De: misabelantunes1 |
Enviado: 20/11/2007 14:00 |
Biografia José Rodrigues dos Santos é jornalista, escritor e professor de Ciências da Comunicação. Nasceu em Moçambique, em 1964. É agora Director de Informação da RTP e apresentador do Telejornal. Doutorou-se em Ciências da Comunicação com uma tese sobre reportagem de guerra. É autor de 5 livros, um dos quais de ficção. José Rodrigues dos Santos começou a sua carreira como jornalista em 1981, em Macau, trabalhando para a Rádio Macau. Depois de se licenciar em Comunicação Social da Universidade Nova de Lisboa, em 1987 foi trabalhar para a BBC em Londres e voltou a Portugal em 1990, integrando a RTP. De 1993 a 2001 foi colaborador da CNN. José Rodrigues dos Santos ganhou vários prémios académicos e jornalísticos. Venceu o Prémio Ensaio, do Clube Português de Imprensa, em 1986, e American Club of Lisbon Award for Academic Merit, do American Club of Lisbon em 1987. Ganhou o Grande Prémio de Journalismo (do Clube Português de Imprensa, em 1994. Internacionalmente, venceu três prémios da CNN: o Best News Breaking Story of the Year, em 1994, pela história “Huambo Battle”; o Best News Story of the Year for the Sunday, em 1998, pela reportagem “Albania Bunkers”; e o Contributor Achievement Award, em 2000, pelo conjunto do seu trabalho. |
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