De: augustomacedopinto1 (Mensaje original) |
Enviado: 08/12/2007 15:03 |
Oportunidade de diálogo Macedo Pinto , Antigo , c척nsul de Mo챌ambique Sou dos que partilham da opinião de que Robert Mugabe venha a Portugal participar na Cimeira UE-África como convidado que foi e na sua qualidade de presidente do Zimbábue. Pois a casamento e baptizado não vás se não fores convidado. A última vez que esteve no Porto, a 24 de Junho de 1993, no seu discurso no edifício dos Paços do Concelho, deu-nos uma magistral lição de história. E, acima de tudo, como os portugueses foram, desde séculos recuados, bem recebidos no Zimbábue e como os seus antepassados, de Robert Mugabe, cultivaram as boas relações com Portugal, enviando até um filho do imperador Monomotapa, algures no século XVII, estudar para terras lusas. Na sua extensa obra 'Etiópia Oriental', concluída entre 1607 e 1609, frei João Santos, chegado a Moçambique em 1586, relata com algum pormenor episódios do relacionamento diplomático, político, religioso e económico de Portugal (primeiro país europeu a tê- -lo!) com os imperadores do Zimbábue. Pesquisando alguma comunicação social internacional, verifica-se haver alguns avanços no reatamento das relações políticas internas do Zimbábue. É sinal de que há esperança e, também, pragmatismo a aproximar pessoas e a apaziguar tensões. Acredito que Portugal na Europa, por razões históricas já referidas, e Moçambique em África, pelas mesmas razões embora mais recentes, são países com um capital de conhecimento da realidade do Zimbábue que África e Europa deveriam reconhecer, ouvir os seus conselhos e, acima de tudo, aceitar o seu sempre desinteressado e descomprometido apoio. Os seus ensinamentos - o dos portugueses, conhecidos como de brandos costumes, e o dos moçambicanos, referência ímpar em África e no mundo de reconciliação e tolerância -, alicerçados ao longo da história, serão escutados pelos seus pares africanos e europeus e, por que não, pelos actuais dirigentes no poder do Zimbabué?! Era errado, ou então terá outros fins pouco claros ou obscuros, desperdiçar esta oportunidade de diálogo, para falar e ouvir, saber aquilo que o Zimbábue, no âmbito da cimeira, tem a partilhar com os outros países, sejam eles europeus ou africanos! Publicado em Jornal de Noticias, Mundo, 8 de Dezembro de 2007, www.jn.pt |
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