Cidade de Tete: Instituições fecham as portas devido à subida do Zambeze
A CIDADE DE TETE continua a registar uma subida do caudal do rio Zambeze e consequentemente a água está a galgar as margens inundando uma série de institui챌천es públicas e privadas na cidade de Tete.
Maputo, Sexta-Feira, 11 de Janeiro de 2008:: Notícias
Até ontem, a sede da Cruz Vermelha de Moçambique e uma parte do Motel Tete já tinham sido atingidas e tudo indica que nas próximas horas os Restaurantes Monte Amarelo e Paraíso Misterioso poderão fechar as suas portas porque a água aproxima-se cada vez mais dos acessos àqueles estabelecimentos da indústria hoteleira.
A Administração Regional de Ãguas do Zambeze informou ao nosso jornal que até às 14 horas de ontem o rio Zambeze, na cidade de Tete, estava a registar 6.12 metros contra os 6.02 metros das 18 horas do dia 9 de Janeiro corrente.
"A água ainda está a chegar, pois a Hidroeléctrica de Cahora Bassa no Songo aumentou as descargas", disse a fonte para depois acrescentar que este aumento visa essencialmente garantir a segurança do empreendimento que está a receber muita água dos países a montante do rio Zambeze para além das contribuições dos afluentes como o rio Aruângua.
Entretanto, em Mutarara, a situação está cada vez mais complicada com as águas a atingirem uma parte da Vila de Nhamayabue, sede distrital de Mutarara, ao sul da província de Tete.
Alexandre Faite, administrador daquele distrito, disse que o caudal do rio Zambeze já estava a atingir níveis bastante assustadores com consequ챗ncias mais graves para os postos administrativos de Nhamayabue, Inhangoma, Charre e Doa.
Para se inteirar da situação epidemiológica e da assistência médica e medicamentos às vítimas das inundações em Mutarara, uma equipa de profissionais da Saúde chefiada pela respectiva directora provincial, Dra. Luísa Cumba, já se encontra em Mutarara desde ontem.
Em contacto com o nosso jornal, aquela médica disse que no terreno já se encontram espalhados, nos 23 centros de acolhimento das vítimas das inunda챌천es, equipas paramédicas para a interven챌찾o de primeiros socorros por forma a mitigar a ocorr챗ncia de epidemias como malária e diarreias, entre outras doen챌as respiratórias.
" Já formámos os activistas da CVM em todos os centros e distribuímos kits de medicamentos essenciais. O pessoal médico está a efectuar visitas aos centros de reassentamento duas vezes por semana. Ainda não registamos óbitos e até ao momento a assistência médica e medicamentosa é considerada normal," frisou a Dra. Luísa Cumba, Directora provincial de Saúde em Tete.