Em benefício do povo : Herói é quem presta contributo extraordinário - afirma Chefe do Estado, pondo de lado critérios de 창mbito político-partidário
O PRESIDENTE da República, Armando Guebuza, disse ontem, em Maputo, que um dos critérios utilizados no país para a definição de quem deve ser considerado herói nacional assenta nos feitos extraordinários e marcantes que o cidadão proposto tenha realizado na sua área de actividade, pondo, assim, de lado, a teoria segundo a qual é declarado herói nacional apenas o moçambicano que se tenha evidenciado na luta de libertação nacional, como têm dado a entender alguns círculos da sociedade política, e não só, do país. Maputo, Segunda-Feira, 4 de Fevereiro de 2008:: Notícias
Falando a jornalistas no acto central das cerimónias comemorativas do 3 de Fevereiro, Guebuza recordou que dois dos 26 moçambicanos até aqui oficialmente declarados heróis nacionais não terem atingido aquele estatuto através da sua participação na luta de libertação, mas sim por se terem notabilizado em outras áreas. Trata-se do poeta José Craveirinha e do maestro Justino Chemane, que se notabilizaram nas áreas da poesia e música. “José Craveirinha, apesar de ter participado na luta de libertação nacional, foi na poesia que se destacou pelos seus feitos. Ele foi o maior poeta moçambicano, enquanto Justino Chemane foi um grande compositor”, salientou Guebuza.
No que respeita à comemoração da data ontem assinalada, o Chefe do Estado disse que esta efeméride celebra a vida e obra dos moçambicanos que foram capazes de dar um contributo extraordinário para a libertação do país, dentre os quais o primeiro presidente da FRELIMO, Eduardo Chivambo Mondlane.
Segundo disse, Mondlane, assassinado a 3 de Fevereiro de 1969 em Dar-Es-Salaam, foi o mentor da unidade nacional, unidade essa que foi determinante para o combate ao colonialismo portugu챗s e que agora se mostra importante na luta contra a pobreza.
Eduardo Mondlane foi um visionário que soube aliar a teoria à prática nas diferentes áreas da vida nacional, desde a luta de libertação nacional, ao desenvolvimento social, económico e cultural”, disse.
Depois de saudar os heróis nacionais cujos restos mortais se encontram na cripta da pra챌a a eles dedicada e a outros milhares considerados anónimos, o Presidente Guebuza apelou para a necessidade de todos os mo챌ambicanos, inspirados nos seus heróis, continuarem a trabalhar afincadamente para a elimina챌찾o da pobreza absoluta.
Enquanto isso, informa챌천es que nos chegam das diferentes províncias do país indicam que em todas as capitais os respectivos governadores orientaram cerimónias de deposi챌찾o de flores nos monumentos dedicados aos heróis nacionais. Após estes actos, em alguns destes locais foram desenvolvidas actividades de carácter recreativo e cultural para assinalar a data.
Na província de Manica, uma equipa de futebol constituída por membros do Governo local defrontou e venceu a sua congénere de funcionários públicos.
De Nampula chegam dados segundos os quais o governador Felismino Tocoli defendeu a necessidade de se elevar o espírito de solidariedade a favor das populações que sofrem devido às cheias que afectam as zonas centro e sul do país.
Em declara챌천es proferidas por ocasi찾o do 3 de Fevereiro, Tocoli disse que para que tal espírito sobressaia, os mo챌ambicanos devem inspirar-se nos feitos dos heróis nacionais.
Em Sofala um espectáculo musical, com apresenta챌찾o exclusiva de músicos locais, com o propósito de assinalar a data e angariar fundos para as vítimas das cheias que assolam o sul e centro do país, marcou as celebra챌천es do Dia dos Heróis.
Antes deste evento, o governador Alberto Vaquina presidiu à habitual deposição de flores no monumento aos heróis nacionais e, tal como o presidente do município da Beira, Deviz Simango, apelou para a necessidade de se conjugarem esforços para o combate à pobreza absoluta de atinge o país.
Em declarações diferentes, os dois políticos apelaram ainda à solidariedade para com as vítimas das cheias e aos jovens para assumirem a dianteira desta acção humanitária, bem como da luta contra a pobreza.
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