O clamor dos Poetas
Se os poetas clamam contra a guerra,
Contra a fome a expandir-se no mundo!
Erguem-se os “senhores” da alta esfera,
Com meio sorriso furibundo,
Riem-se de nós!
P’ ra fazer calar a nossa voz.
Se os poetas clamam por justi챌a,
Que os seres mais fracos, n찾o consomem!
Lá vem a “grande potência” à liça:
Com o poder do homem sobre o homem.
Riem-se de nós!
P’ ra fazer calar a nossa voz.
Se os poetas clamam, contra a cruz
Que a pobreza leva e patenteia!
O “Tubarão” torna-se avestruz,
E esconde a cabe챌a na areia
Riem-se de nós!
P’ ra fazer calar a nossa voz.
Se os poetas clamam – Liberdade!
E iguais direitos humanistas!
Erguem-se os “Homens” da má vontade,
A apelidar-nos de utopistas.
Riem-se de nós!
P’ ra fazer calar a nossa voz.
Se os poetas clamam, e fazem criticas:
Porque uns, t챗m milh천es e outros só trapos!
Unem-se as “Potestades” políticas,
E lavam as m찾os, como Pilatos.
Riem-se de nós!
P’ ra fazer calar a nossa voz.
Graziela Vieira
Valada, 1999