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General: UMA AVENTURA POR TERRAS MOÇAMBICANAS
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De: misabelantunes1  (Mensaje original) Enviado: 09/02/2008 14:36
"Desta vez decidi viajar até ao
Parque Nacional da Gorongosa por terra,
desde a Africa do Sul.
Quis constatar localmente os progressos
entretanto levados a cabo,
na magnífica costa Mo챌ambicana.
Assim, utilizando uma velha viatura MAZDA 323
(que se portou à medida das necessidades),
emprestada pelos meus amigos de sempre,
Adelino Serras Pires e Fiona Capstick.
que também me facultaram estadia na sua resid챗ncia,
parti de Pretoria no dia 06 de Outubro, rumo à aventura.
Ultrapassadas as barreiras burocráticas na fronteira de Ressano Garcia,
entrei em Mo챌ambique, cerca das tr챗s da tarde.
Pus-me a caminho de Inhambane, a minha próxima paragem.
Cheguei a Inhambane quando já passava da 01H00 da manh찾,
devido ao mau estado dos percursos.
Se a estrada Nacional, que liga Maputo à Beira,
se encontra em bom estado até ao Xai Xai,
os 100 Kms seguintes s찾o uma verdadeira dor de cabe챌a.
Depois, a estrada é boa até Massinga.
A partir daqui temos mais 80 Kms de suplício.
Acabados esses 80 desgra챌ados quilómetros,
a estrada continua a ser boa até à cidade da Beira.
O estado da estrada é deplorável e,
certos segmentos da via n찾o podem ser percorridos a mais de 10 kms/hora.
Com viatura ligeira, as coisas pioram bastante.
Ainda assim, logo pela manh찾,
esqueci-me dos maus bocados que passei no dia anterior,
ao observar as magníficas praias da barra de Inhambane.
Fiquei alojado no Barra Lodge Beach Resort que,
n찾o sendo um empreendimento de luxo possui qualidade razoável.
As instala챌천es est찾o equipadas com tudo o que é considerado
como estritamente necessário.
A restaura챌찾o é de boa qualidade.
Os pre챌os s찾o razoáveis.
No dia seguinte, pernoitei no Flamingo Bay Water Resort.
Um empreendimento implantado no lado oposto à praia da barra de Inhambane,
em pleno mangal, onde as habita챌천es s찾o lacustres.
Este, é um empreendimento de luxo,
com todo o servi챌o e respectivo pre챌o a condizer.
Foi uma pena que o dia seguinte se tenha apresentado
chuvoso e com muito vento,
tendo a temperatura baixado bastante.
Por tal motivo, fui vítima de uma infec챌찾o na garganta,
prontamente debelada alguns dias depois,
gra챌as aos medicamentos que me foram prescritos
numa das farmácias de Inhambane.
No dia seguinte, após o pequeno-almo챌o,
continuei viagem até Vilanculos,
tendo ficado alojado no Hotel Ancora.
Um equipamento interessante, bem situado
e a um pre챌o muito razoável.
Os quartos est찾o muito bem equipados,
com casa de banho completa,
ar condicionado, frigorífico, televis찾o, etc.
Um dado interessante:
continua aqui a comercializar-se o famoso piri-piri da D. Ana!
Cerca das nove horas da manh찾,
parti em direcção à minha cidade: a Beira.
O antigo observatório sem cobertura, mas pintado de novo...
O antigo cinema S찾o Jorge está a ser recuperado e reconvertido.
O antigo Barcklays Bank, agora Banco de Mo챌ambique,
está recuperado e é uma mais valia para o novo "look" da cidade.
O velho Farol do Macúti continua operacional e bem de saúde...
Continua linda, como sempre, acolhedora e a melhorar de ano para ano.
Fui aqui acolhido pelo meu amigo arquitecto Francisco Ivo e esposa,
que sabem receber como ninguém.
Pude também rever velhos amigos,
como o Xico Brand찾o e o engenheiro Jo찾o (Rato) Santos Silva.
É uma delícia, conviver com esta gente.
Os restaurantes na Beira continuam a fornecer boa cozinha e,
por isso, se recomendam.
O clube Náutico da Beira lá continua,
com o seu restaurante a preparar os petiscos habituais:
pratinhos de am챗ijoa, de camar찾o cozido, de moelas,
frango frito à zambeziana, etc.
Enfim, tudo do melhor.
Chegou a hora de me despedir dos meus amigos
e de rumar ao Parque Nacional da Gorongosa.
Saí da Beira pela manhã, almocei no restaurante do complexo Arco-Íris,
onde a cozinha é muito boa e os pre챌os muito acessíveis.
Acabado o almo챌o, continuei viagem até ao cruzamento
que dá acesso aos port천es do PNG,
onde há que pagar 200,00 meticais pela entrada da viatura,
mais 200,00 meticais por cada passageiro.
A picada está lastimável neste percurso, de cerca de 11kms.
Depois, os restantes cerca de 17Kms,
até chegar ao acampamento do Chitengo,
n찾o estando em t찾o mau estado como o tro챌o anterior,
também está bastante degradado.
No entanto, há obras em curso, tendentes a resolver o problema.
Quando chegamos ao acampamento do Chitengo,
chegamos ao Paraíso.
E eu cheguei lá um pouco antes do final do dia,
quando o Sol se estava a pôr…
As melhorias introduzidas no Chitengo,
desde o ano passado,
s찾o enormes e, por isso, dignas de registo.
O Chitengo está asseado, muito bem arrumado,
os bungalows e as cabanas bem dispostos no terreno,
e com uma atmosfera envolvente de muito bom gosto.
A restaura챌찾o melhorou como da noite para o dia.
Todas as refeições são servidas tipo “buffet”.
A variedade é grande, pelo que a escolha se torna difícil.
Mas a confec챌찾o das refei챌천es é de primeira, tal como o servi챌o de quartos.
As novas cabanas est찾o muito bem concebida
e a exist챗ncia de ar condicionado nos quartos ajuda,
e de que maneira, a combater o calor.
A gest찾o do acampamento está muito bem entregue,
n찾o podendo a Organiza챌찾o Carr arranjar melhor.
Em boa verdade, Hendrik Pott
é um verdadeiro homem dos sete ofícios.
Toca todos os instrumentos com a maior das facilidades e,
quando agarra na sua batuta,
toda a orquestra toca na perfei챌찾o o ritmo que se desejar.
Resumindo, os servi챌os prestados aos visitantes que demandam o Chitengo,
é de 5 estrelas, e o pre챌o é muito razoável,
tendo em vista o que lhes é oferecido.
As piscinas em pleno funcionamento
Por raz천es de ordem logística,
n찾o me foi possível percorrer o interior de todo o
Parque Nacional da Gorongosa,
nem visitar alguns locais que queria rever.
Ainda assim, foram conseguidas algumas imagens.

Na hora da partida, de regresso à Africa de do Sul,
seria de todo injusto n찾o agradecer encarecidamente a todas as pessoas do Chitengo com quem tive o privilégio de conviver, o modo carinhoso como fui recebido. Um agradecimento muito especial a Vasco Galante, Director de Comunica챌찾o do PNG, que continua a ser o que sempre foi, desde que o conhe챌o: um verdadeiro gentleman.

Já com muitas saudades, deixei o Paraíso numa bela manh찾 de sol, a caminho do Inhassoro, onde cheguei cerca das 17H00.
Pernoitei no Hotel Seta.
Uma unidade acolhedora, com quartos confortáveis,
bom servi챌o de restaurante e pre챌os convidativos.
Após o pequeno-almo챌o da manh찾 seguinte,
iniciei a minha viagem até ao Bilene,
tendo aí chegado por volta das 19H00.
Por 3 noites, aí fiquei instalado numa bela casa,
que me foi disponibilizada pelos meus amigos de inf창ncia
Tó Zé Laidley e a esposa, Leonor.
O meu profundo reconhecimento pela bela estadia que me proporcionaram.
O Bilene está bonito, como sempre foi.
A oferta turística aumentou bastante.
O velho restaurante dos CFM continua a funcionar na perfei챌찾o
e a proporcionar-nos óptima cozinha mo챌ambicana.
Também o complexo Arco-Íris fornece óptimos serviços,
para quem aí quer pernoitar,
e o seu servi챌o de restaura챌찾o é de grande qualidade com os pre챌os a condizer.
Depois, foi o regresso à Africa do Sul.
Cheguei a Pretoria por volta das 20H00.
No dia seguinte, fui convidado a pernoitar por 2 noites na vivenda do casal Saraiva.
O meu amigo Carlos Saraiva (antigo Director do Acampamento do Chitengo),
e a minha nova amiga Dulce que tive o enorme prazer de agora conhecer.
Também aqui pude rever um velho amigo:
o Fidalgo, chefe das oficinas do material circulante da Safrique,
agora estabelecido em Johannesburg.
Assim terminou a minha aventura africana:
em grande!
Estava para vir a aventura dos avi천es e dos aeroportos europeus.
Dos atrasos, das malas perdidas e danificadas,
das mudan챌as de terminais, etc.
Mas isso é outra história!
Uma má história…
Conclus찾o:
Mo챌ambique está a recuperar e depressa.
Vai ser um destino turístico muito promissor.
As ofertas de que disp천es s찾o imensas.
Há que as explorar.
Circulei com toda a seguran챌a de dia e de noite por todo percurso.
Fui medicamente assistido, quando tive necessidade.
Existem restaurantes quase por todo lado, mormente nas principais localidades.
Gasolina e diesel n찾o constituem problema.
Máquinas ATM para levantamento de dinheiro existem por todo o lado.
Os mo챌ambicanos continuam a ser o que sempre foram:
Afáveis, amigos, acolhem bem o visitante e s찾o, sobretudo, educados.
Em Mo챌ambique, sentimo-nos BEM.
Visite Mo챌ambique, porque vale a pena."
António Jorge Pinto da Silva

In http://gorongosa.blogspot.com


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De: misabelantunes1 Enviado: 09/02/2008 14:39
António Jorge Pinto da Silva

Trabalhou no Diário de Moçambique, Notícias da Beira e Revista Tempo. Foi colaborador da SAFRIQUE - Sociedade de Safaris de Moçambique e da Safarilândia (Agência de Turismo de Moçambique. Regressou a Portugal em 1976. Nos anos 80, a convite do Governo Moçambicano fez parte de um grupo de três elementos a quem foi confiada a tarefa de efectuar um exaustivo levantamento das potencialidades turísticas do País. Foi produzido um completo dossier, então entregue ao Exmo. Sr. Arquitecto Mário Trindade, Secretário de Estado do Turismo à data. Desempenha hoje funções de Director Técnico de Turismo na cidade do Porto.


 
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