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General: MEU PAI ESTÁ COM ALZHEIMER (Roberto Goldkorn)
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De: mayra1950  (Mensaje original) Enviado: 13/02/2008 04:26
Meu pai está com Alzheimer. Logo ele, que durante toda vida se dizia ''O Infalível''. Logo ele, que um dia, ao tentar me ensinar matemática, disse que as minhas orelhas eram t찾o grandes que batiam no teto.

Logo ele que repetiu, ao longo desses 54 anos de convivência, o nome do músculo do pescoço que aprendeu quando tinha treze anos e que nunca mais esqueceu: esternocleidomastóideo.
O diagnóstico médico ainda n찾o é conclusivo, mas, para mim, basta saber que ele esquece o meu nome, mal anda, toma líquidos de canudinho, n찾o consegue terminar uma frase, nem controla mais suas fun챌천es fisiológicas, e tem os famosos delírios paranóicos comuns nas dem챗ncias tipo Alzheimer.

Aliás, fico até mais tranqüilo diante do ''eu n찾o sei ao certo'' dos médicos; prefiro isso ao ''estou absolutamente certo de que...'', frase que me dá arrepios.

Há trinta anos, n찾o ouvia sequer uma men챌찾o a essa doen챌a maldita.

Hoje, precisaria ter o triplo de dedos nas m찾os para contar os casos relatados por amigos e clientes em suas famílias. O que está acontecendo? Estamos diante de um surto de Alzheimer?

Finalmente nossos hábitos de vida ''moderna'' est찾o enviando a conta?

O que os pesquisadores sabem de verdade sobre a doen챌a? Qual é o lado oculto dessa manifesta챌찾o t찾o dolorosa?

Lendo o material disponível, chega-se a uma conclus찾o: essa é uma doen챌a extremamente complexa, camale척nica, de muitas faces e ainda carregada de mistérios.

Sabe-se, por exemplo, que há um componente genético. Por outro lado, o Dr. William Grant fez uma pesquisa que complicou um pouco as coisas. Ele comparou a incid챗ncia da doen챌a em descendentes de japoneses e de africanos que vivem nos EUA, e com japoneses e nigerianos que ainda vivem em seus respectivos países.
Ele encontrou uma incidência da doença da ordem de 4,1 para os descendentes de japoneses que vivem na América, contra apenas 1,8 de japoneses do Japão.
Os afro-americanos v찾o mais longe: 6,2 desenvolvem a doen챌a, enquanto apenas 1,4 dos nigerianos s찾o atingidos por ela. Hábitos alimentares? Stress das press천es do Primeiro Mundo? Mas o Jap찾o n찾o é Primeiro Mundo? N찾o tem stress?
A alimenta챌찾o parece ser sem dúvida um elo nessa corrente, e mais ainda o alumínio. Segundo algumas pesquisas, a incid챗ncia de alumínio encontrada nos cérebros de portadores da doen챌a é assustadoramente alta.

Pesquisas feitas na Austrália e em alguns países da Europa mostraram que, em atos alimentados com umam dieta rica, o sulfato de alumínio (comumente colocado na água potável para matar bactérias) danificou os cérebros dos roedores de forma muito similar à causada aos humanos pelo Alzheimer. Pesquisas do Dr. Joseph Sobel, da Universidade da Califórnia do Sul, mostraram que a incidência da doença é três vezes maior em pessoas expostas à radiação elétrica (trabalhadores que ficavam próximos a redes de alta tensão ou a máquinas elétricas).

Mas n찾o param por aí as pesquisas, que apontam a arma em todas as dire챌천es. Porém, a que mais me chocou e me motivou a fazer minhas próprias elucubra챌천es foi o estudo das freiras. Esse estudo, citado no livro A Saúde do Cérebro, do Dr. Robert Goldman, Ed. Campus, foi feito pelo Dr. Snowdon, da Universidade de Kentucky. Eles estudaram 700 freiras do convento de Notre Dame. Na verdade, eles leram e analisaram as reda챌천es autobiográficas que cada freira era obrigada a escrever logo ao entrar na ordem. Isso ocorria quando elas tinham em média 20 anos. Essas freiras (um dos grupos mais homog챗neos possíveis, o que reduz muito as variáveis que deveriam ser controladas) foram examinadas regularmente e seus cérebros investigados após suas mortes. O que se constatou foi surpreendente. As que melhor se saíram nos testes cognitivos e nas reda챌천es - em termos de clareza de raciocínio, objetividade, vocabulário, capacidade de expressar suas idéias, mesmo apresentando os acidentes neurológicos típicos do Alzheimer (placas e
massas fibrosas de tecido morto) - não desenvolveram a demência característica da doença. Ou seja, elas tinham as mesmas seqüelas que as outras freiras com Alzheimer diagnosticado (e que tiveram baixos escores em testes cognitivos e na redação), mas não os sintomas clássicos, como os do meu pai. A minha interpretação de tudo isso: não temos muito como controlar todos os fatores de risco apontados como vilões - alimentação, pressão alta, contaminação ambiental, stress, e a genética (por enquanto).Mas podemos colocar o nosso cérebro para trabalhar. Como? Lendo muito, escrevendo, buscando a clareza das idéias,
criando novos circuitos neurais que venham a substituir os afetados pela idade e pela vida ''bandida''. Meu conselho: n찾o sejam infalíveis como o meu pobre pai, n찾o
cheguem ao topo nunca, pois dali, só há um caminho: descer. Inventem novos desafios, fa챌am palavras cruzadas, forcem a memória, n찾o só com drogas (n찾o nego a sua eficácia, principalmente as nootrópicas), mas correndo atrás dos vazios e lapsos. Eu n찾o sossego enquanto n찾o lembro do nome de algum velho conhecido, ou de uma localidade onde estive há trinta anos. Leiam e se empenhem em entender o que está escrito, e aprendam outra língua, mesmo aos sessenta anos.
N찾o existem estudos provando que o Alzheimer é a moléstia preferida dos arrogantes, autoritários e auto-suficientes, mas a minha experi챗ncia mostra que pode haver alguma coisa nesse mato. Coloquem a palavra FELICIDADE no topo da sua lista de prioridades: 7 de cada 10 doentes nunca ligaram para essas ''bobagens'' e viveram vidas medíocres e infelizes - muitos nem mesmo tinham consci챗ncia disso.
Mantenha-se interessado no mundo, nas pessoas, no futuro. Invente novas receitas, experimente (n찾o gosta de ir para a cozinha? Hum... preocupante).

Lute, lute sempre, por uma causa, por um ideal, pela felicidade. Parodiando Maiakovski, que disse ''melhor morrer de vodca do que de tédio'', eu digo: melhor morrer lutando o bom combate do que ter a personalidade roubada pelo Alzheimer. E ''inté'', amigos, que eu vou me cuidar.

Roberto Goldkorn é psicólogo e escritor.


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De: antunesgalv찾o1 Enviado: 13/02/2008 14:15
Obrigada Mayra!Agora todas as informações são preciosas.Minha irmã saiu dos C.I. e está agora na enfermaria de Ortopedia.Ontem resolveu arrancar o tubo do soro porque achou que não estava ali a fazer nada.O meu cunhado estava ao pé dela a receber um telefonema de celular e apercebeu-se e chamou logo as enfermeiras.Acho que vão ter que a amarrar à cama pois ela pode tentar levantar-se para fugir do Hospital.Que doença terrível! Manela.

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De: misabelantunes1 Enviado: 13/02/2008 14:41
Mayra,
O meu agradecimento, pela partilha deste documento sobre Alzeimer, tema que, me tem interessado muito. Penso que, no aspecto cientifico, ainda há muito por descobrir e é pena que, o aumento da esperan챌a de vida antigido seja prejudicado por este mal terrível.
De acordo com o autor, tenho reparado que as pessoas que se reformam e se tornam inativas perdem, mais rapidamente, as suas capacidades cognitivas. É como diz o povo, "parar é morrer". Exactamente, para que isso não aconteça, em Outubro, se Deus quiser, estarei de regresso ao meu emprego na mediação de seguros, já que o Francisco Maria irá para a escolinha, no próximo ano lectivo.
Beijinhos e obrigada.
Isabel

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De: mayra1950 Enviado: 13/02/2008 20:25
Manela e Isabel,
Realmente o Alzheimer é terrível e ainda não dominado pela ciência.
O que pudermos fazer para nos livrar dele, é medida de prevenção válida mesmo.
Observei em meu ambiente familar, quando cá existiam todas as minhas tias velhinhas (tia Martha 93, tia Julia 92 e tia Lúcia 84), não foram atingidas por esse mal. A minha avó, morreu aos 87 anos e tinha o "cérebro" a funcionar até melhor que o meu, na época.
A tia Lúcia vivia agarrada à revista de palavras cruzadas "A Recreativa" e mesmo já deitadinha sem poder caminhar bem, eu sentava ao lado com a revista , falava e ela prontamente me dizia a solução.
Li num artigo científico que um dos melhores exercícios para a mente é palavras cruzadas e acredito.
Notei também, que o stress é um grande acelerador para a instalação dessa doença, através da minha mãe.
E assim, cuidando delas aprendi muita coisa que a experiencia pessoal adquirida ensina.
Muitos beijos às duas,
Mayra

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De: mariommarinho1 Enviado: 13/02/2008 21:30
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O que é a Doen챌a de Alzheimer?


Uma mulher, uma história
Rita Hayworth. Quem n찾o se lembra da espl챗ndida Rita Hayworth? A grande actriz de cinema dos anos 50 também foi uma vítima da doen챌a de Alzheimer, que a privou da sua personalidade mais aut챗ntica, fazendo-a parecer instável, neurótica, completamente alcoolizada. Foi só em 1980, quando lhe foi diagnosticada esta terrível doen챌a, que se compreendeu o drama vivido por Rita Hayworth. A actriz morreu em Nova Iorque, a 15 de Maio de 1987, com 68 anos de idade. Hoje, numerosas biografias contam o epílogo dramático de uma carreira fulgurante. Porém, todos preferimos recordar a estrela de cinema que representava um símbolo de beleza e juventude.

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Os preconceitos da terceira idade
É opinião corrente que o envelhecimento se faz acompanhar inexorável e inevitavelmente da perda de numerosas capacidades físicas e mentais. Convencionalmente, estabeleceu-se que a senescência começava aos 65 anos de idade. Porém, como em todos os processos biológicos, seria conveniente situar o início entre os 60 e os 70 anos, com variações individuais de natureza genética e ambiental. De facto, a deterioração de algumas funções no idoso não deve ser considerada um processo "natural", quando na realidade é causado, mais frequentemente do que se pensa, pelo abandono, pela marginalização social e afectiva, pela solidão, pela falta de exercício mental e físico, hábitos alimentares incorrectos, para além de, naturalmente, numerosas doenças. Não obstante, a senescência fisiológica que determina a diminuição de alguns desempenhos relativamente à idade anterior, não compromete uma óptima inserção social e, por vezes, uma actividade criativa igual ou superior à dos jovens.

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Dem챗ncia
Contrariamente ao que se pensa, a dem챗ncia n찾o é uma característica própria da velhice nem sequer um destino inelutável. A dem챗ncia é um síndroma, ou seja, um conjunto de sintomas que pode ser provocado por causas diversas e por inúmeras doen챌as. Entre todas as formas demenciais, a que se tornou objecto de maior interesse e canalizou maior número de investiga챌천es é a doen챌a de Alzheimer, que constitui mais de 55% de todas as formas de dem챗ncia.

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A Doen챌a de Alzheimer
A Doen챌a de Alzheimer é a forma mais frequente de dem챗ncia nos países industrializados e a sua incid챗ncia aumenta proporcionalmente ao aumento da densidade populacional. A evolu챌찾o da doen챌a é muito lenta e a maior parte dos casos s찾o precedidos de uma fase pré-clínica com a dura챌찾o de alguns anos que é caracterizada por perturba챌천es de memória. A incid챗ncia da Doen챌a de Alzheimer aumenta com o avan챌ar da idade, mas pode atingir pessoas mais novas, nao sendo, portanto, um problema da velhice. As características clínicas da Doen챌a de Alzheimer podem variar significativamente de pessoa para pessoa, com um início dissimulado que dificulta o diagnóstico. Porém, como a evolu챌찾o é crónica e progressiva, é indispensável uma identifica챌찾o correcta e precoce da doen챌a nas primeiras fases, a fim de permitir tratar os doentes e lhes prolongar a autonomia.

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Como reconhecer os sintomas da Doen챌a de Alzheimer.
A expres찾o clínica da Doen챌a de Alzheimer caracteriza-se pela progressiva decad챗ncia das fun챌천es cognitivas e por uma grave redu챌찾o da autonomia pessoal e da adequa챌찾o do comportamento. A evolu챌찾o da sintomatologia é classicamente dividida em tr챗s fases:

Primeira fase
Tem início geralmente depois dos 60 anos. A deteriora챌찾o afecta apenas as capacidades mentais.
Caracteriza-se pela presen챌a de, pelo menos, dois ou mais dos seguintes sintomas: confus찾o em rela챌찾o aos nomes e locais, reduzida capacidade para recordar rapidamente certas informa챌천es, dificuldade na gest찾o do dinheiro e em tomar decis천es, falta de iniciativa, tend챗ncia para levar uma vida cada vez mais isolada. Em certos casos, o doente mostra-se desconfiado (em rela챌찾o aos amigos, colegas) e revela uma emotividade ciumenta.
Dura챌찾o: 2 a 4 anos
Mobilidade: normal
Capacidade mental: primeiras perturba챌천es
Linguagem: normal

Segunda fase
Diminui챌찾o posterior da memória, agravamento do estado de confus찾o, dificuldade crescente no reconhecimento de amigos e familiares, dificuldade crescente na linguagem, incapacidade para construir pensamentos lógicos e coerentes. Diminui챌찾o progressiva das rela챌천es sociais. Aparecimento de problemas também na mobilidade física.
Dura챌찾o: 2 a 10 anos
Mobilidade: primeiros problemas
Capacidade mental: confus찾o
Linguagem: difícil

Terceira fase
Os sintomas agravam-se até à incapacidade de se reconhecer a si próprio e aos familiares, incapacidade para cuidar de si próprio, afasia (perda total ou parcial da capacidade de usar ou compreender a linguagem), comportamento distraído, alheado e apático, variações do humor com alternância de estados de ansiedade e agitação e fases de depressão. Às dificuldades motoras agravadas, acresce a incontinência e dificuldade na deglutição, com redução de peso.
Dura챌찾o: 1 a 3 anos
Mobilidade: problemas graves
Capacidade mental: deteriora챌찾o
Linguagem: incapacidade


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Como se pode ver a doen챌a pode ter uma evolu챌찾o variável, tendo sido descritas sobrevidas de 2 a 20 anos, após o diagnóstico.


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De: m짧concei챌찾oalves1 Enviado: 13/02/2008 22:22
Grande li챌찾o aqui dada, ensinamentos sempre uteis..
Sim, o fundamental é nao deixar o cerebro parar, quer seja lendo, praticando exerci챌io, escrevendo, fazendo palavras cruzadas ou sodoku.
O computador, também ajuda e muito........
N찾o se deixando entregar a uma apatia e ate dispensando a ajuda de outros, que apesa de bem intencionados, muitas vezes, ao fazerem as coisas pelos doentes, os deixam ir paralisando o cerebro.
Há que o estimular, nem que seja como as crian챌as que come챌am a aprender tudo de novo, seja a ler ou a pintar....
Isso me foi dito por um dos meus médicos, aquando da minha opera챌찾o, ja fez um ano. Mas como eu sou uma devoradora de livros e nunca paro, porque esta dentro de mim saber sempre um pouco de tudo e tentar fazer, n찾o me preocupo muito. Agora quando come챌ar (se come챌ar) a ter lapsos de memória, aí nao exito e recorro a ajuda especializada.
SAO ALVES


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