NÃO DEIXO MEU SONHO PRESO
N찾o deixo meu sonho preso na armadilha,
De uma qualquer redondilha,
Seja ela de sete ou cinco sílabas,
Por mais que me prometa maravilhas.
Quero-o solto aos ventos do oriente,
Gozando o nascer do sol e o poente,
Da minha terra, o cheiro a capim,
Para que ele viva dentro de mim.
Se o espartilho, num soneto,
Nesta forma convencionada,
De duas quadras e dois tercetos,
É porque me vai faltando o jeito,
Para de uma maneira mais elaborada,
Dizer o que guardo dentro do peito.
Isabel