Já com idade para ser meu pai, o Jo찾o era professor naquela escola há muitos anos. Já se evitava dar-lhe actas para secretariar e quanto menos escrevesse no quadro, melhor, tal era a coisa. O que vale, é que trabalhava sempre em par pedagógico, e a colega sempre conseguia disfar챌ar o desastre perante os alunos. Nas rela챌천es com os outros professores, era bruto que nem um chaparro. Insistia em fumar na sala dos professores, mesmo com colegas grávidas presentes, e quando se lhe pedia educadamente para parar de fumar, respondia com aquele ar de direito absoluto, recusando-se largar o cigarro ou mudar-se. O Jo찾o, era daquele tipo de fulanos que n찾o deveriam ser professores. O sistema de avalia챌찾o dos professores da altura, que durou até esta recente diarreia intelectual da ministra e dos seus tenentes, permitia-lhe um satisfaz-chapa-cinco de cada vez, tal como todos os outros. Nos “corredores”, eu costumava reclamar com o sistema, por permitir que gente como ele continuasse a receber a mesma menção que os mais empenhados e competentes. E que continuasse a ser professor. Eu costumava reclamar por um sistema de avaliação que distinguisse os professores, que penalizasse os que n찾o prestam, e que premiasse os que s찾o bons. Infelizmente, a ministra não ouviu as minhas reclamações. Porque, infelizmente, a ministra inventou um sistema de avaliação tão patético, tão idiota, que o João foi promovido a professor titular e agora vai avaliar os outros professores… >
publicado por pedro-na-escola
SAO ALVES