A um pai pobre
Tu és a estrela do meu caminho!
Eu sei, que a tua face enrugada,
Meu pai, ó meu adorável velhinho!
È fruto da dura vida passada.
Por trás da imagina챌찾o bizarra,
Ficou-me dentro da alma a certeza;
Tocavas magistralmente a guitarra;
Às vezes para enganar a pobreza.
Um dia! Um dia vi-te chorar.
N찾o disse! N찾o disse nunca a ninguém.
Choravas, porque não tinhas p’ ra dar
O pão, que eu pedia à minha mãe.
Nem sempre em nossa casa houve benesses.
De quase tudo, um pouco nos faltava.
E por mais sacrifícios que fizesses,
A nossa má fortuna, n찾o mudava.
N찾o davas a teus filhos, o que aqueles
Mais ricos, davam aos seus de melhor.
Mas sendo pobre, davas mais que eles:
Davas compreens찾o! Davas amor:
Junho 1978
Graziela Vieira