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notcias: Canal de Opinião, por Jekyl
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De: misabelantunes1  (Mensaje original) Enviado: 21/04/2008 18:18
Canal de Opini찾o, por Jekyl
Ngochani, as assimiladas do género
“Eu quero uma mulher de uma raça diferente, de todas que já tive. Nem negra, nem branca ou mulata, nem mesmo índia. O que eu quero é uma travesti.”

Moçambique) - Segundo a Playboy, um escritor Sul-Africano, Henri Junod foi um missionário suiço que, nos princípios do século passado, realizou trabalhos de antropologia junto aos povos bantu da região sul de África, incluindo Moçambique.
Conforme relata no seu livro “Usos e costumes bantu”, quando passou pelos "compound" sul-africanos que albergavam mineiros moçambicanos ficou espantado por ter observado um número considerável de mulheres, num lugar tão inóspito. Mais tarde alguém lhe confidenciou que, na verdade, não eram mulheres tal como biológicamente as concebemos mas sim homens que teriam assimilado a identidade do género oposto.
Para as Ngochani, a assimila챌찾o acontecia de tal maneira que chegavam ao ponto de serem loboladas por homens, consumando-se o ritual tradicional africano de comunh찾o de duas vidas. O equivalente ao casamento na cultura que nos foi imposta pelo invasor colonial.
Espantoso que este relato de Henri Junod contraria a teoria de que a homossexualidade vem de fora do continente africano, acabando por demonstrar que foram correntes heterocentristas trazidas da Europa que, tanto lá como cá, levaram à ilegalização do “amor que não ousa dizer o nome”.
Lembrei-me de tocar neste assunto para responder a uma senhora que me questionou qual a diferença entre eu e o seu filho gay que também se assumia mulher. Expliquei à senhora que não basta usar trancinhas e roupas de mulher para que um homem seja considerado gay. E se fôr gay não tem necessariamente que se apresentar como mulher. Em linguagem mais didáctica falaríamos de orientação sexual e identidade do género, duas realidades diferentes mas que muitas vezes confundem-se.
Orienta챌찾o sexual é a classifica챌찾o do amor tomando como base o sexo biológico. Quando o amor é unicamente dirigido para parceiros do mesmo sexo esse indivíduo é homossexual. Quando é unicamente para o sexo oposto é heterossexual. Se o amor for independente dos dois sexos é bissexual.
A Identidade do género é uma classifica챌찾o socio/legal. Está tradicionalmente dividida entre o universo masculino e o universo feminino. Quando a identidade do género n찾o coincide com a do sexo biológico estamos perante um transgénero, vulgarmente conhecido por travesti. Este apresenta-se expressando hábitos e comportamentos sociais normalmente atribuídos ao género oposto.
Como no nosso país ainda não existe uma lei que acomoda os transgéneros, eles correm o perigoso risco de serem acusados de falsa identidade. É esse o maior problema que eles enfrentam quanto têm que apresentar os seus documentos a uma autoridade oficial. No nosso país já vimos publicitados casos de indivíduos que são acusados de “homem que tenta passar por mulher” ou de “mulher que tenta passar por homem” quando na verdade são reconhecidamente transgéneros.
Resumindo, n찾o podemos dividir as pessoas apenas em dois pólos: completamente magras ou completamente gordas. O mesmo se passa com a orienta챌찾o sexual que varia de indivíduo para indivíduo desde os predominantemente homossexuais até aos predominantemente heterossexuais. E a varia챌찾o fica mais complicada quando entra a quest찾o da identidade do género, que também varia do mais masculino ao mais feminino. Resultado, ninguém é igual a ninguém.
Sabemos que para muita gente são questões complicadas. Mas felizmente os mass media moçambicanos já iniciaram a grande cruzada que é de levar o esclarecimento à nossa sociedade para não estranhar as diferentes manifestações da identidade e sexualidade humanas.
Assim poderá evitar-se que seres humanos continuem a ser tratados como Sara Baartma, que foi alcunhada de vénus negra, devido ao tamanho descomunal das suas nádegas. Pertencente ao povo hotentote, da região austral de África, ela foi levada para a Europa como escrava, no início do século passado. Colocada nua, numa jaula, servia de exibição para os espectadores de um circo, como se de um animal selvagem se tratasse.
Era grande a ignor창ncia dos europeus em rela챌찾o aos africanos. Ignor창ncia semelhante que ainda prevalece na nossa sociedade para com os transgéneros e homossexuais mo챌ambicanos. Para certas pessoas ignorantes, eles ainda s찾o vistos como animais de circo.

(Jekyl)

2008-04-21 06:55:00


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