Maputo, Quarta-Feira, 23 de Abril de 2008:: Notícias
MOÇAMBIQUE participa a partir de amanhã na 1ª Reunião de Apresentação do Fundo Africano para o Património Cultural e Natural, acto que tem lugar em Abuja, na República Federal da Nigéria. Nesse encontro, o Ministério da Educação e Cultura será representado pelo director nacional da Cultura, Domingos do Rosário Artur.
A criação deste fundo, que resulta do trabalho dos Estados africanos membros da UNESCO, enquadra-se no âmbito do desenvolvimento da estratégia para fazer face aos desafios da implementação da “Convenção sobre Protecção do Património Cultural e Natural”, de 1972, e particularmente na criação de condições para a conservação e protecção efectiva do património cultural e natural representativo de África e de cada um dos Estados.
O nosso país toma parte da prepara챌찾o deste fundo desde o ano de 2002, através da Direc챌찾o Nacional de Cultura, e convém anotar que Mo챌ambique é um potencial beneficiário deste Fundo Africano para o Património Cultural e Natural, na medida em que possui vários bens do património cultural e natural de dimens찾o regional e continental, para além da Ilha de Mo챌ambique (Património Cultural Mundial, desde 1991), o nyau e timbila (Obras/Primas do Património Oral e Imaterial da Humanidade, desde 2005).
Nota de particular importância é que esta primeira reunião de Abuja acontece numa altura que se celebrou semana passada o Dia Internacional dos Monumentos e o governo moçambicano reiterou para a necessidade de proteger e valorizar o enorme acervo de obras de arte, ciência, construção de edifícios ligados às práticas religiosas e aos aspectos sagrados.
A este propósito, o Vice-Ministro da Educação e Cultura, Luís Covane, reconheceu no Dia dos Monumentos em Maputo, haver carências em meios financeiros para assegurar a preservação e valorização desta componente do património cultural, anotando que actualmente conta-se com a grande prestação dos diversos parceiros nacionais e estrangeiros. âPor enquanto notamos que este esforço está virado para a Ilha de Moçambique, património cultural da humanidadeâ, sublinhou.
“queremos convidar aos nossos parceiros a nos ajudarem a encontrarmos soluções para problemas que afectam a conservação do património, mesmo aqui na cidade/capital do país. São casos gritantes o Prédio Pot, a Vila Algarve, os quais não portadores da memória importante desta cidade e que reclamam intervenção urgente e uma atribuição de função, sobretudo de natureza cultural”, disse Covane.
Para aquele governante, há a necessidade de os órgãos de comunicação social continuaremm, a divulgar com agressividade o concurso âSete Maravilhasâ, pertence ao âNotíciasâ, TVM e Rádio Moçambique.
Paralelamente a isso, a realização do V Festival Nacional da Cultura é outro acontecimento visto como sendo de capital importância para o país. Neste momento decorre em muitas províncias a fase de apuramento para a participação em Junho na cidade de Xai-Xai, província de Gaza.