Joanesburgo (Canal de Moçambique) - A Federação Internacional dos Trabalhadores dos Transportes (ITF) emitiu ontem uma declaração em que afirma que o navio chinês, que transporta material bélico destinado ao regime de Harare, permanece ancorado ao largo de Luanda, não mostrando sinais de regressar à China. A 24 de Abril, as autoridades chinesas declaram ter dado instruções para que o navio regressasse ao porto de origem. Surpreendentemente, na mesma ocasião, o governo chinês e a empresa estatal proprietária do navio declaram desconhecer o paradeiro do «An Yue Jiang». A declara챌찾o da ITF refere que a Federa챌찾o dos Sindicatos dos Trabalhadores dos Transportes e Comunica챌천es de Angola (FSTTCA) afian챌ou que os seus membros se recusariam a descarregar o material bélico a bordo do «An Yue Jiang». A Direcção Geral do Porto de Luanda, a Capitania, os serviços de Alfândega, a Polícia Fiscal e Polícia Económica angolana recusam-se a dar pormenores sobre a situação da carga a bordo do An Yue Jiang, mormente as 77 toneladas de material bélico que Beijing vendeu ao regime de Harare. Graças à posição consequente dos trabalhos portuários de Durban, aquele que passou a ser designado por “navio da vergonha” teve de zarpar daquele porto passando depois a navegar na condição de embarcação fugida às malhas da justiça tendo para o efeito desligado o «transponder» de bordo para evitar a sua detecção. Entretanto no Zimbabwe, o regime da ZANU-PF intensifica a campanha de violência política numa altura em que a Comissão Eleitoral (ZEC) se prepara para anunciar a necessidade de uma segunda volta das eleições presidenciais, depois de sucessivos adiamentos que perduram mais de um mês depois da ida dos eleitores às urnas a 29 de Março último. Militantes do partido de Mugabe, agindo com o beneplácito de todo o aparelho repressivo ao serviço do regime de Harare, assassinaram já pelo menos 20 apoiantes do Movimento para a Mudança Democrática, o partido já proclamado vencedor das eleições legislativas também realizadas a 29 de Março. A campanha de intimidação envolve ainda os chamados “veteranos de guerra”, que agem como milícia privada do regime. (Redac챌찾o / allafrica.com / Rádio Africa / Rádio Ecclesia)
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