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notcias: Intelectuais e elites na origem do MUSET
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De: e-petromax  (Mensaje original) Enviado: 09/05/2008 22:54

Intelectuais e elites na origem do MUSET - revela director daquela institui챌찾o histórico-cultural, Pedro Kulyumba

A 23 de Agosto de 1956, um dia depois da cidade de Nampula ter sido elevada a esta categoria, nasceu uma instituição que nos dias que correm reserva no seu interior autênticas relíquias da nossa moçambicanidade, sobretudo da diversidade cultural. Do Rovuma ao Maputo e do Zumbo ao Índico, o Museu Nacional de Etnologia (MUSET), situado numa zona privilegiada da capital do Norte, ajuda-nos na identificação de quem somos.

Maputo, Sábado, 3 de Maio de 2008:: Notícias

O surgimento do Museu de Nampula, segundo rezam os anais da instituição, teria como finalidade tornar-se repositório etnográfico e etnológico do norte da então província de Moçambique, que se considerava pleno de tradições e de costumes que tanto interessava divulgar, não apenas no país, mas também na Metrópole e restantes províncias do Ultramar, isto é, nas ex-colónias portuguesas.

Foi esta a linha de força com que se baseou o discurso do então governador do distrito de Moçambique, Tenente Coronel António Faria Lopes dos Santos, no lançamento do primeiro Boletim Informativo daquele Museu, que este ano completa 52 anos da sua implantação, com um sumptuoso edifício que não escapa à vista de quem passa pelas suas redondezas.

Aquela era a intenção e propósitos do governo colonial e seus agentes, da qual não nos pudemos desassociar, pois não é menos certo que quando falamos do colonialismo, apenas apontamos coisas más. É positivo enaltecer alguns aspectos marcantes e, um dos poucos é este: a criação do Museu de Nampula para a conservação do nosso património etno-cultural.

Com Mo챌ambique independente, livre e soberano, as novas autoridades apostaram na sua preserva챌찾o.

A avaliar pelo trabalho que tem vindo a ser realizado pelas autoridades governamentais do sector e parceiros de cooperação, tanto nacionais como estrangeiros, a 25 de Junho de 1993, dia da independência nacional, o Museu de Nampula foi oficialmente elevado à categoria nacional, com a intenção de trazer para aquele local tudo o que constitui repositório etnológico e etnográfico do país.

ELEVAÇÃO A MUSEU NACIONAL

O director nacional do MUSET, Dr. Pedro Guilherme Kulyumba, aborda duma forma sucinta a import창ncia desta institui챌찾o patrimonial.

Dr. Pedro Kulyumba: terá havido uma raz찾o plausível na escolha de Nampula para instalar este museu?

Sim. Como já expliquei diversas vezes, os pioneiros deste museu verificaram que na regi찾o norte do país ocorriam várias manifesta챌천es culturais, como s찾o a riqueza dos escultores do planalto makonde, diferentes manifesta챌천es de arte do Niassa, para n찾o falar da Zambézia, que contribui com parte significativa do seu historial etnológico. A juntar a isto, Nampula sempre foi ponto de refer챗ncia na regi찾o norte. A intelectualidade, as elites cultural, militar, económica colonial, contribuíram que se escolhesse esta cidade para instalar este museu.

O MUSET tem pouco mais de meio século de vida. Acha que tem contribuído para divulgar e promover a nossa mo챌ambicanidade em termos de diversidade cultural?

Só o facto de se ter elevado à categoria de museu nacional já promove a nossa moçambicanidade. Acredito que foi uma das formas de eliminar as assimetrias regionais, na componente cultural e estripar essas diferenças. É tempo de repensarmos num museu que tenha padrões idênticos da região ou do mundo, daí que mereça ter condições necessárias, por forma a levar a cabo o seu trabalho na área da especialidade em todo o território nacional.

É um sonho, ou algo que vai acontecer?

Não se trata de um sonho, estamos a pensar em ter o registo virtual dos nossos acervos que tenham uma ilustração, não apenas de objectos concretos, mas também sonora, para além de demonstrações cinematográficas que permitam os visitantes conhecer os autores dos acervos que aqui estão expostos. É uma realidade que estamos a perseguir e penso que poderemos lá chegar.

Para que isso se torne realidade o que é necessário?

Importa, acima de tudo, que todos tenhamos consci챗ncia da import창ncia duma institui챌찾o como esta, onde a sociedade civil, pessoas singulares e colectivas d챗em a sua contribui챌찾o no desenvolvimento, pois sem o seu apoio, n찾o é possível avan챌armos para este desafio, tendo em conta que por for챌a das circunst창ncias n찾o temos meios bastantes para realizar esta nossa actividade.

Mas esse apoio da sociedade civil nunca existiu desde a sua cria챌찾o?

Pelo contrário. Desde a funda챌찾o, o museu teve o cond찾o de receber apoios das pessoas singulares, de alguns munícipes, prática que agora queremos incrementar, pois pensamos que existem muitos objectos etno-culturais que se encontram nas m찾os de alguns concidad찾os e que poderiam enriquecer o acervo.

UM RETRATO DE TODO O PAÍS

Maputo, Sábado, 3 de Maio de 2008:: Notícias

Para além da regi찾o norte do país, que outras províncias tem expostas no museu as suas tradi챌천es étnicas?

No fundo, embora em menores quantidades, temos acervos de todo o país, como s찾o os casos de Manica, Sofala, Tete, Inhambane, Maputo. Mas o que importa agora é enriquecer este património, actualizá-lo, pois o que temos remonta desde a cria챌찾o do museu. Temos um projecto para angariar, recolectar, documentar, registar e conservar os novos que por ventura venhamos a obter e que retratem a vida actual dos mo챌ambicanos, actividade para a qual contamos com a colabora챌찾o da UNESCO e outras institui챌천es congéneres.

Que aproveitamento ou contribui챌찾o as diversas institui챌천es, particularmente, as de ensino d찾o ao MUSET e vice-versa?

- Para nós, a exist챗ncia em Nampula de muitas institui챌천es do ensino superior é uma mais-valia, porque precisamos de investigadores, cientistas que possam dar o seu saber ao MUSET. A partir daqui podem ter o material que necessitam para as suas investiga챌천es, sabendo-se de antem찾o que ainda existem muitos aspectos etnográficos que n찾o est찾o profunda e detalhadamente investigados, e n찾o só, porque pensamos também que as universidades vem colaborar para que a nossa institui챌찾o possa crescer.

SONHOS A REALIZAR

Criou-se o MUSET, com toda a vontade política que tal inten챌찾o trouxe, mas parece que o or챌amento para o seu funcionamento n찾o acompanha as necessidades. Como sair desta situa챌찾o?

Estamos num país pobre, que não está preparado para atender todas as necessidades de desenvolvimento, sobretudo quando foi definida a educação e saúde como prioridades. A cultura como parte espiritual e material tem pouco espaço para se impor e nós entendemos essa priorização. Temos fundos para trabalhos de rotina, mas falta para a investigação, recolha da diversidade cultural de outros pontos do país. Nesse aspecto, demos um passo que foi a reabilitação parcial do nosso edifício.

E fica-se por aí?

N찾o. Eu pessoalmente sou sonhador, daí que gostaria que neste edifício houvesse um auditório para organizar palestras com os nossos utentes, assim como termos os acervos ilustrados, filmados, enfim um museu com imagens virtuais.

O QUE ESTÁ EXPOSTO NO MUSET

Acervos representativos de quase todo o país, do Rovuma ao Maputo e do Zumbo ao Índico, tais como objectos de caça, pesca artesanal, colmeias tradicionais, instrumentos agrícolas e metalúrgicos, alguns deles que remontam os anos 50 e 60 e, até outros que vem do século I, antes da nossa era.

AJUSTAR O MUSEU À EVOLUÇÃO ACTUAL - Jorge Ferrão, Reitor da Unilúrio

Maputo, Sábado, 3 de Maio de 2008:: Notícias

Em entrevista publicada no boletim informativo do Museu Nacional de Etnologia, o Magnífico Reitor da Universidade Lúrio (UNILURIO), Prof. Dr. Jorge Ferr찾o, considera que o MUSET, teve o cond찾o de ter nascido com a cidade de Nampula, em Agosto de 1956 o que é bastante importante, porque acompanha o processo evolutivo da mesma. Aliás ambos incorporam-se no mesmo processo.

Para aquele académico que está à frente da única universidade pública com sede fora da capital do país, os museus não servem apenas para guardar utensílios culturais dos povos, mas também para a realização de novas pesquisas e divulgação do conhecimento, exigindo um trabalho árduo aos seus profissionais”.

Jorge Ferrão vai mais longe, ao afirmar que é necessário ajustar o museu à evolução actual, informatizando-o e realizando actividades interactivas com a sociedade, sobretudo crianças, pois estas são dotadas de capacidades especiais para a comunicação porque permite a divulga챌찾o da informa챌찾o em cascata, sendo de opini찾o de que se devem encontrar recursos humanos e materiais para viabilizar novos acervos das diversas etnias deste vasto Mo챌ambique.

Museu deve ser visto como a HCB — Virgolina Sambo, estudante da UCM

Por seu turno, Virgolina Sambo, estudante finalista do curso de direito da Universidade Católica de Mo챌ambique, o Museu Nacional de Etnologia n찾o pode ser visto como um depósito de culturas, mas um local em que a glória dos mo챌ambicanos deve estar ao de cima.

  • LUÍS NORBERTO







NOTA:
Esta n찾o é a única prova de que Portugal n찾o queria anular a cultura mo챌ambicana, antes preservá-la e difundi-la em lugar próprio, estudando-a como hoje em Mo챌ambique poucos fazem.
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE

08-05-2008 in Letras e artes - Cultura | Permalink | Comments (0)




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