A Associação dos Produtores do Açúcar de Moçambique (APAMO) informou ao “Notícias” que para a concretização dos planos estabelecidos para este ano iniciou recentemente a campanha de corte de cana sacarina, tendo o pontapé de saída sido dado na companhia da Maragra, que prevê alcançar uma produção geral de 79.691 toneladas. Ainda na semana passada arrancou a campanha de corte e moenda na companhia de Xinavane, cuja produção estimada é de cerca de 80.400 toneladas, e estava previsto que ontem coubesse a vez à Açucareira de Mafambisse, que espera produzir 60 mil toneladas.
Os mais recentes dados da APAMO indicam que para este ano, a Companhia de Sena será a última a entrar em campanha, esperando-se que tal ocorra a partir do dia 19 de Maio, com uma produ챌찾o esperada de 75 mil toneladas.
Moçambique foi, até à década de 70, um dos quatro maiores produtores africanos de açúcar, mas a guerra civil levou à paralisação de todas as companhias durante largo período de tempo. Esforços realizados em finais da década de 90 levaram a que até finais de 2004 tivessem sido investidos mais de 350 milhões de dólares com vista à reposição das quatro unidades actualmente em laboração.
Para o presente ano, prevê-se que as companhias iniciem um novo ciclo de investimentos, de mais de 250 milhões de dólares. Tais investimentos, para além da componente infra-estruturas, contemplam a formação profissional e a responsabilidade social, atendendo a que à volta das fábricas se concentra população que presta serviços nas plantações e nas unidades fabris.
A ideia geral é de que as quatro a챌ucareiras existentes em Mo챌ambique atinjam, até 2012, uma produ챌찾o estimada em cerca de 500 mil toneladas de a챌úcar, ou seja, mais que o dobro da sua capacidade actual, estimada em 242.525 toneladas.
Pouco mais de 20 mil mo챌ambicanos tem o seu emprego nas fábricas de a챌úcar.