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General: Acaso, Determinismo ou Livre-arbítrio?
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De: reginaisa1  (Mensaje original) Enviado: 14/05/2008 01:48
Acaso, Determinismo ou Livre-arbítrio

C. Roberto

croberto@orion. med.br





Complicada questão filosófico-religiosa . Desde que desenvolveu o pensamento racional e buscou respostas a questões essenciais, o homem persegue o entender do mundo que o cerca. Porque as coisas acontecem? Evoluções históricas à parte, o homem tem três formas de pensar acerca dessa pergunta: afirmar que as coisas acontecem ao acaso, afirmar que há uma lei que determina os acontecimentos ou afirmar que "temos as rédeas na mão".

Por séculos a ci챗ncia se dividiu nas duas primeiras formas de pensar que se desenvolveram independentemente em dois ramos bastante sólidos: a estatística e a matemática. O pensamento ocidental conciliava perfeitamente o que é estatístico (entregue ao acaso) e o que é matemático (entregue a leis) até que a descoberta do comportamento da subpartículas incluiu a mente humana como um fator influenciador dos eventos qu창nticos (veja NA entrevista de Amit Goswami em http://orion. med.br/misc3. htm).

No mundo qu창ntico vemos que todas as partículas est찾o interligadas de uma forma tal, que a altera챌찾o em qualquer uma delas determina algum tipo de mudan챌a em todas as outras. Assim vemos que tudo o que acontece está regido por uma espécie de Lei de Causa e Efeito. Os hindus chamam a essa lei de Lei do Carma. Mas a causa primeira, que determina a mudan챌a inicial estava ligada ao campo das probabilidades até ent찾o. Discuss천es famosas entre Albert Einstein e Niels Bohr deixaram famosas frases como a de Einstein: "definitivamente Deus n찾o joga dados com o Universo...".

Einstein acreditava que os eventos qu창nticos n찾o eram puramente aleatórios, mas que as partículas surgiriam em determinados locais devido a raz천es ocultas que ainda iríamos descobrir, e a ci챗ncia afirma hoje que a mente ocupa um lugar de destaque na sele챌찾o do local de surgimento das partículas e postula que, uma vez determinado o evento, todas as outras possibilidades ocorreriam em outros Universos inteiramente diferentes. Matematicamente, já é possível a exist챗ncia de até 11 dimens천es extras (veja em Scientific American Brasil de janeiro de 2.004).

A mec창nica qu창ntica usa o acaso qu창ntico para chegar a leis determinísticas, mas a influ챗ncia da mente humana como co-participante do experimento, e n찾o como mero observador, gera um grande fator complicador nas experi챗ncias. Até que ponto nós temos o poder de influenciar os eventos qu창nticos? E quando n찾o influenciamos, quem ou o que influencia? Aquilo que n찾o observamos existe mesmo, ou tem apenas uma probabilidade de existir, passando a existir somente depois de observado pela mente humana? Ou é a mente que cria a observa챌찾o?

Esses questionamentos, longe de serem apenas questões acadêmicas, ocorrem em nossa vida diária. Existe algo como destino, algo como a predestinação, ou temos o poder de mudar o destino? Dois argumentos surgem dessas questões. Se o nosso destino foi irremediavelmente traçado pelo evento do Big-Bang (que gerou um Universo de partículas interligadas pelo efeito teorema de Bell – http://www.orion. med.br/o1tx3. htm), quem, ou o que, desencadeou essa explosão? Se podemos mudar o nosso futuro, pois ele é apenas uma possibilidade e não tem existência absoluta, poderemos também mudar o nosso passado, que não tem também uma existência absoluta (veja também na entrevista de Amit Goswami em http://orion. med.br/misc3. htm)?

No campo religioso, dogmas inflexíveis separam as doutrinas que pregam a predestina챌찾o absoluta do homem ou a sua salva챌찾o através de seu livre-arbítrio ou pela gra챌a de um Ser superior. Mas da mesma forma que os estados de matéria e energia, como pólos opostos da subpartícula, s찾o verdadeiros, todos os pólos opostos também s찾o verdadeiros e plenamente reconciliáveis. Parece haver algo como uma "Mente" ou "Consci챗ncia Universal" responsável pela Cria챌찾o, que quando sintonizada pela mente humana, em estados alterados de consci챗ncia, faculta ao homem o poder de modificar a matéria no tempo e no espa챌o. Se a única coisa real que existe é o "aqui e agora", temos o poder de modificar a nós mesmos e, conseqüentemente, pelo teorema de Bell , todo o Universo sincronizado conosco.

Temos o poder de realizar e mudar o estado das coisas, mas para isso necessitamos sintonizar o nosso "rádio mental" (parafraseando Paramahansa Yogananda) no canal divino da "Consciência Cósmica". Enquanto estivermos sintonizados com o nosso mundo finito de pensamentos e emoções, não experimentaremos nenhuma mudança substancial em nós mesmos e muito menos no Universo a nossa volta. Sintonizar o nosso "rádio mental" no silêncio que está além de nossos pensamentos, emoções e sensações é experimentar o vazio da meditação. É no vazio físico que todas as partículas surgem e desaparecem, e é no vazio mental que as transformações pessoais ocorrem. Somente quando a nossa mente está vazia é que a voz do silêncio de nossa intuição consegue se fazer audível na forma de insights ou de impulsos criativos e artísticos.

Esse estado mental é descrito em todas as tradi챌천es místico-religiosas: o pangree africano, o Samadhi hindu, o Sanmai zen-budista, o 챗xtase contemplativo crist찾o (contempla챌찾o infusa), o nirvana budista, o fanan mu챌ulmano, a superconsci챗ncia de Sri Aurobindo (1.872-1.950) , a supra-consci챗 ncia de Paramahansa Yogananda (1.893-1.952) , a Grande Imobilidade dos taoístas, etc..

Nos resta apenas trabalhar e buscar o vazio dentro de nós, única oportunidade teórica de mudan챌a, demonstrada na prática na vida de todos as pessoas consideradas santas, ou espiritualizadas, que viveram ou que ainda vivem entre nós. Ent찾o m찾os a obra, vamos juntos ajudar a mudar o mundo, mudando a nós mesmos. Somos todos predestinados. ..

Extraído de Órion


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