TURISMO
- Ag챗ncia de notícias portuguesa Presstur comenta sobre dengue
14/05/2008 - Tribuna do Norte Mais de 1,6 mil turistas portugueses deixarão de vir a Natal devido à epidemia de dengue que assola o Rio Grande do Norte. Vindo logo após as notícias da disseminação da doença no Rio de Janeiro, o agravamento da situação no RN motivou a suspensão temporária de um vôo charter semanal que vinha de Portugal e parava na capital potiguar.
Na ag챗ncia de notícias portuguesa Presstur, pelo menos tr챗s matérias falam sobre a influ챗ncia da dengue na retra챌찾o da procura de pacotes no Nordeste brasileiro.
Segundo informações da agência, por este motivo, dois vôos para a região foram suspensos até o fim de junho, um deles para Natal. Com isso, há agora apenas um vôo semanal ligando Portugal à capital potiguar, com uma redução de 15 lugares. As informações são confirmadas por representantes do turismo norte-rio-grandense.
De acordo com a Presstur, um grupo formado pelas operadoras Club 1840, Entremares, Iberojet, Mundovip e Travelplan, transformou seus dois vôos charters semanais - um para Porto Seguro e Salvador e outro para Recife e Natal -, que contavam com 459 passageiros por semana, para apenas um com destino a Natal e Porto Seguro e 222 lugares. Outra operadora, a Terra Brasil, também fez um corte drástico, retirando de circulação um vôo de 222 passageiros que fazia Portugal-Porto Seguro-Natal semanalmente. âQuando começaram a surgir casos de dengue no nordeste, os cancelamentos começaram a surgirâ disse um dos operadores entrevistados pela Presstur, âvimo-nos forçados a aliviar a oferta de um destino que estava a vender malâ.
A suspensão também foi confirmada por empresários e pela Secretaria Estadual de Turismo (Setur). “O cancelamento foi motivado também por outros problemas, como a desvalorização cambial e a baixa estação, que já estavam deixando a situação difícil para o turismo daqui”, explica o diretor de Receptivo da Associação Brasileira dos Agentes de Viagem (Abav) do RN, George Costa. “Mas com as notícias da dengue no estado, que chegaram por lá há cerca de 15 dias, a decisão foi tomada”, explica. Para ele, se essa tendência de imagem negativa ligada à dengue continuar, o mercado estrangeiro poderá ser ainda mais comprometido. “Com relação aos brasileiros não tem problema, porque eles sabem que esse é um problema nacional”. Ele diz que será possível medir isso em julho, quando começa a alta estação.
Já a presidente da Abav RN, Ana Carolina Costa, acredita que o fato de agora ser considerado baixa estação e a maioria dos turistas, além de serem internos, estarem vindo a Natal para eventos, deverá ajudar o estado a não contabilizar muitas perdas devido à dengue. O titular da Setur, Fernando Fernandes, diz que as notícias da dengue já vêm prejudicando o turismo brasileiro como um todo desde o início dos problema no Rio de Janeiro - onde a Abav estimou perdas de turistas da ordem de 30%.
Diante dos cancelamentos dos vôos, o presidente da representação estadual da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH), Enrico Fermi, se mostra mais preocupado. âA única coisa que se pode fazer é um grande esforço para se controlar a doença e, depois de controlada, divulgar issoâ, avalia. Segundo o Governo do Estado, desde 1º de janeiro deste ano, já são 19.157 casos notificados no Rio Grande do Norte.
OceanAir n찾o terá mais v척os no RN
Menos de seis meses depois de começar a operar em Natal, a companhia aérea OceanAir deixará de operar na cidade. A notícia foi confirmada ontem pela empresa, que explicou a medida como parte do pacote de adequação “ao novo cenário” do mercado. Já a Webjet, também recém-chegada ao estado, deverá incluir mais três cidades nas linhas para a capital potiguar.
A suspensão “já está valendo”, como informou a OceanAir, e as pessoas que tinham passagens compradas devem procurar o guichê da empresa no Aeroporto Augusto Severo - “que terá pelo menos um funcionário para atendimento até que todos os clientes sejam alocados em outras companhias” - ou tirar dúvidas pelo 4004-4040, de acordo com o site da empresa. Até ontem à noite, a página da internet da OceanAir não mostrava claramente qualquer informação sobre o corte e, segundo a assessoria de imprensa, “é melhor ligar” do que tentar se informar por e-mail.
âA crescente alta do petróleo no mercado mundial e a necessidade de maior eficiência operacional e de custos obrigam a OceanAir a adequar-se ao novo cenárioâ, explicou a empresa, que, através de sua assessoria de imprensa. Os 12 destinos cortados, de um total de 35 onde a companhia atuava, deverão ser retomados âquando a empresa voltar a crescerâ. As outras cidades onde a OceanAir deixará de voar são Vitória da Conquista, Macaé, Uberaba, São José dos Campos, Juazeiro do Norte, João Pessoa, Araçatuba, Foz do Iguaçu, Goiânia, Palmas e Cascavel. Além da retirada de linhas, a OceanAir também demitiu 600 dos 1,7 mil funcionários que tinha no país.