Beira (Canal de Moçambique) – O bastonário da Ordem de Advogados de Moçambique, Dr. Gilberto Correira enviou ao Alto Comissário da República da África do Sul em Moçambique uma carta em que considera que como “actos criminosos” e “não toleráveis” as ocorrências sangrentas contra cidadãos estrangeiros na África do Sul. Diz o Bastonário em nome da Ordem que tais actos não são justificáveis “em nenhuma circunstância, representam um revés nas conquistas de liberdade, fraternidade, solidariedade e na convivência entre os cidadãos do mundo civilizado e abrem uma página negra na história do excelente relacionamento entre os povos irmãos de Moçambique e África do Sul” Em nome da instituição que representa, Gilberto Correia escreve na carta a que o «Canal de Moçambique» teve acesso que “a Ordem dos Advogados de Moçambique tem acompanhado com pesar e consternação os resultados da onda de violência, associada a comportamentos xenófobos, perpetrada por alguns cidadão sul-africanos contra cidadãos estrangeiros residentes na África do Sul, entre os quais cidadãos de nacionalidade moçambicana”. E refere, entretanto, que “tais actos criminosos que não são toleráveis e nem justificáveis em nenhuma circunstância, representam um revés nas conquistas de liberdade, fraternidade, solidariedade e na convivência entre os cidadãos do mundo civilizado e abrem uma página negra na história do excelente relacionamento entre os povos irmãos de Moçambique e África do Sul”. Num outro passo lê-se ainda na missiva que “na verdade, o povo moçambicano, que se associou incondicionalmente ao povo irmão sul-africano na luta contra o regime minoritário do «apartheid» e cujo envolvimento foi bastante influenciador na conquista na independência da África do Sul, jamais poderia esperar que estes ataques cobardes e traiçoeiros fossem agora dirigidos contra filhos legítimos da pátria moçambicana”. O Bastonário da Ordem dos Advogados de Moçambique “associando-se às inúmeras manifestações de condenação da referida onda de violência e seus e seus efeitos nefastos”, solicita que a Alta Comissária da África do Sul em Moçambique intervenha junto do Governo do seu país “no sentido garantir que os autores morais, materiais, cúmplices e encobridores deste actos criminosos serão julgados e exemplarmente sancionados e que tudo seja feito para se assegurar que os mesmos não se venham a repetir no futuro, quer próximo, quer remoto”. Da carta que dirigiu à Alta Comissária em Maputo, o Bastonário da Ordem de Advogados de Moçambique enviou cópia ao presidente da sua congénere sul africana, a «SOUTH AFRICA LAW SOCIETY», em Pretória. (Redac챌찾o)
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