Zimbabwe. Figuras africanas apelam a um escrutínio justo no dia 27
Líder da oposi챌찾o zimbabwiana foi preso duas vezes num dia
www.zimbabwe-27June.com é o endere챌o electrónico de uma carta aberta assinada por quatro dezenas de figuras africanas que pedem elei챌천es livres e justas no Zimbabwe e está disponível para consulta desde a madrugada de hoje. O ex-presidente mo챌ambicano Joaquim Chissano e a actual mulher de Nelson Mandela, Gra챌a Machel, s찾o dois dos signatários da carta. A eles juntam-se nomes como Kofi Annan, ex-secretário-geral da ONU, Desmond Tutu, Nobel da Paz, Miguel Trovoada e António Mascarenhas Monteiro, respectivamente, ex-chefes do Estado de S찾o Tomé e Príncipe e de Cabo Verde.
"Como africanos, consideramos que as próximas elei챌천es s찾o críticas", refere a missiva, vincando que "um grande número de africanos querem ver um Zimbabwe estável, democrático e passivo". O escrutínio a que a carta se refere é a segunda volta das presidenciais zimbabwianas, depois de, a 29 de Mar챌o, n찾o ter sido encontrado um vencedor.
Isto apesar de o Movimento para a Mudan챌a Democrática, oposi챌찾o, ter declarado a sua vitória com uma maioria de 50,3% dos votos sobre o seu rival, o Presidente Robert Mugabe. O seu líder, Morgan Tsvangirai, tem denunciado uma campanha de intimida챌찾o contra a oposi챌찾o, a qual já fez 66 mortos, 200 desaparecidos e tr챗s milhares de feridos.
O próprio Tsvangirai voltou ontem a ser preso, duas vezes no mesmo dia, enquanto fazia campanha para a segunda volta das elei챌천es, noticiou a AFP. O número dois do MDC, Tendai Biti, também foi ontem detido e posteriormente libertado, enfrentando, no entanto, a acusa챌찾o de trai챌찾o. Este tipo de acusa챌찾o, no Zimbabwe, é punível com a pena de morte.