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General: A CASA PERDIDA
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| De: sao_percheiro25 (Mensaje original) |
Enviado: 05/07/2008 01:09 |
Como dever ser linda essa casa de mistério feita de cal e pedra tosca junto ás dunas... A dureza da pedra cinzelada de granito dará certamente um aspecto de solid찾o e melancolia... O jardim inculto onde certamente um dia bancos de jardim eram poiso de pares enamorados hoje mudos, perdidos no espa챌ar do tempo... Nos portais e janelas de verde pintados, restos da esperan챌a que se mistura na lizura da areia em noites de lua cheia, onde se confunde com o tempo, a distancia a quietude... Tudo é sil챗ncio ao redor da casa de altos muros de granito puro esculpidos pela m찾o do sonhador, onde o amor a marca deixou nesse espa챌ar de tempo, desse tempo onde hoje mora a solid찾o, se misturando nas paredes brancas frias, toscas... S찾o Percheiro |
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De: sao_percheiro25 |
Enviado: 05/07/2008 01:09 |
Heis que chagamos perto da Casa do Mar. Achas de lume que sai do fogo que a mulher temível um tanto misteriosa faz arder. Na chaleira o chá de varias ervas fumega, pronto a ser sorvido por estranhas figuras que passam despercebidas pelo corredor ainda escuro... Ninguém entra, ninguém sai, só aquela figura que cheira a mar, mofo fotos de mulheres bonitas desbotadas pelo tampo. Na mesa redonda frutos apetecíveis olham de soslaio a brisa envergonhada, escondida pela parreira de uvas tornada passas, que passam de passado de recorda챌천es, de cavaleiros andantes, damas formosas, frutas secas mimosas na casa perto do mar... As vidra챌as fechadas n찾o vá a maresia entrar e manchar o quadro a óleo pintado da mulher de grande decote e porte altivo; o colar de fina prata, onde se retrata os bons e aureos tempos vividos na casa escura onde a mulher temível continua mexendo nas achas de lume n찾o v찾o as cinzas do passado voltar á casa do mar... S찾o Percheiro |
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De: sao_percheiro25 |
Enviado: 05/07/2008 21:09 |
Da casa triste abandonada n찾o há mar nas janelas nem sempre fechadas, o cheiro de flores já secas pela areia que corre entre os dedos... No calar da noite o choro do animal ferido ao abandono pelo dono que partiu, quebrando o sil챗ncio aterrador, pelas idas e vindas que n찾o se fazem sentir no ruír do telhado onde o melro deixou de cantar! N찾o há espa챌o para o sonho onde espiritos vagueiam junto do pó acomulado no quarto ao lado. Um livro aqui outro ali recordam os olhos cor de mel do vulto de mulher indefinido no vestido verde palha espelha todo o explendor de um amor vivido. S찾o Percheiro |
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De: sao_percheiro25 |
Enviado: 05/07/2008 21:10 |
O quarto permanece na penumbra como que indiferente ao tumulto para lá da cerca. Os espelhos reflectem a cor verde azulada dos olhos misteriosos da sombra vagando no espa챌o imenso lembrando o eco de vozes rindo ao som do piano mudo. E nas noites onde o vento n찾o sopra desejos veementes dos fantasmas adormecidos dum amor louco vivido... nas paredes longas do quarto comprido, madeixas de cabelo outrora acariciados por m찾os aladas caladas, sil챗nciosas, hoje apenas nos fantasmas adormecidos! No toucador perfumes se misturam com boi천es de creme que perfumavam o corpo esbelto deitado em leitos de fantasia onde o sonho dormia. Nos móveis onde o pó se cruza com o tempo, peda챌os de papel onde pouco se pode ler e ver todo um tempo por ali passado, na varanda encostado o vulto esguio, os olhos cor de mel, peito arfante gigante de amor dardio esperam o entardecer... S찾o Percheiro |
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De: sao_percheiro25 |
Enviado: 07/07/2008 21:04 |
E no entardecer sobre rimas de papel amarelado, sonhos amarfanhados dispersos, misturando-se com o perfume de cravinas coloridas em jarras onde pensamentos trãnsparentes deixam passar um grito de vida... É manhã de alegre chilrrear no encosto envidraçado de sonhos emoldurados deixam passar suspiros de noites longas de caricias anseadas. E nos olhos cor de mel o adocicar do beijo esperado no quarto vazio onde músicas suspirando entoam melodias de Primavera! Desce até á praia, e se espraia no imenso areal enquanto espera a vis찾o que a virá buscar para o passeio por entre algas e estrelas do mar S찾o Percheiro |
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