Trabalhadores questionam como é que não acontecem mais acidentes aéreos - CAFEZAMBEZE

Trabalhadores questionam como é que n찾o acontecem mais acidentes aéreos

Os trabalhadores do aeroporto de Madrid denunciaram, esta quinta-feira, várias situa챌천es de falta de seguran챌a e press천es nos aeroportos, frisando que há dias em que n찾o sabem como é que os avi천es partem. «Tudo se arranja com fita-cola e silicone», disse um deles.

Consulte o artigo completo em: http://tsf.sapo.pt/paginainicial/internacional/interior.aspx?content_id=982904

Já tenho ouvido relatos, "em surdina" sobre estas situa챌천es. Por isso é que tenho medo...

Esta notícia é terrível e hesitei em coloca-la, aqui, com receio de alarmar. Acabei por o fazer, pensando que, por maior que seja o exagero dos trabalhadores do aeroporto de Madrid, terá algum fundamento.

Esperemos que o resultado da investiga챌찾o nos tranquilize!

Quando disse que ficava preocupado com as idas e vindas da minha filha, era a esta situa챌찾o que me referia, com a agravante de só a spanair voar para as Canárias devido ás parcerias que realizou com as principais companhias entre elas a TAP.

Infelizmente tudo se resume a dinheiro, ou á falta dele melhor dizendo, corta-se em tudo inclusive na seguran챌a.

A manuten챌찾o de equipamentos complexos e sofisticados é ainda mais complexa e exige equipamentos de diagnóstico ainda mais sofisticados que por sua vez também precisam de manuten챌찾o.

Isto pode parecer muito retórico mas imaginem esta situa챌찾o:

A monitoriza챌찾o dos "sinais vitais" do motor de um avi찾o, é efectuada de forma redundante, ou seja há sempre dois (ou mais) dispositivos independentes a "ver" a mesma coisa.

Agora suponham que um piloto detecta um dos sensores de temperatura, de um mancal do motor direito avariado. (tipo ºC). Comunicada a avaria á manutenção, devido ao local onde o sensor está colocado decidem não o substituir, não pelo custo do sensor 25€, mas sim pelo tempo de imobilização da aeronave, substitui-se na próxima grande revisão, afinal consegue-se "ver" a temperatura do mancal pelo outro sensor.

Vinte voos depois, quando a aeronave está prestes a descolar, o autómato lan챌a o alarme de que há um sobreaquecimento no tal mancal. Chamada a manuten챌찾o, os técnicos n찾o teem como saber se é o segundo sensor avariado ou se há de facto um problema, a solu챌찾o será desmontar e fazer testes, mas o avi찾o está com os passageiros dentro e até já está atrasado.

Aqui comeÃ§am as pressÃµes, a torre de controlo questiona: como é que é? vai ou nÃ£o vai? O responsável pela manutenÃ§Ã£o toma a firme decisÃ£o de que o aviÃ£o dali nÃ£o sai e ponto final, mas o chefe de logística que nÃ£o percebe nada de tecnologia encosta-o á parede dizendo que nÃ£o tem nenhum aviÃ£o disponível e que se vier a confirmar que nÃ£o há nenhum problema com o tal mancal alguém se vai ter de responsabilizar pelo atraso, pelas perdas etc.

O técnico responsável verifica as temperaturas dos restantes mancais, está tudo normal, calcula que se houvesse de facto um problema de temperatura esta já se teria propagado através do veio aos outros apoios do motor. Manda avan챌ar.

O avi찾o levanta voo, o mancal gripa, o veio do motor imobiliza-se instantaneamente pregando um grande sopapo no motor, que parte os fusíveis mec창nicos que o seguram ao cavalete e cai. O avi찾o que ainda n찾o tem altura suficiente para se aguentar com um só motor descreve um arco e despenha-se.

Depois vem a investiga챌찾o do acidente que culpa a manuten챌찾o, o mais provável é o técnico responsável ser despedido, para ser imediatamente admitido noutra empresa do mesmo grupo com um salário até um pouco mais alto, os da logística continuam a receber chorudos prémios de desempenho.

Antes que me esque챌a, no avi찾o seguiam passageiros e tripulantes, pessoas como todos nós.

Um cenário, bem, conseguido do que poderá ter acontecido em Madrid, só possível, com os teus conhecimentos técnicos.

A mim, pareceu-me a avaria no aparelho que faz a medi챌찾o da temperatura exterior, bem menos importante que levantar voo, sabendo que uma das saídas de emerg챗ncia n찾o funcionava, como foi notícia há algum tempo.

Os pilotos n찾o t챗m conhecimento suficiente da mec창nica do avi찾o, para avaliarem a gravidade da situa챌찾o e recusarem-se a descolar?!

A responsabilidade de decidir se o avi찾o vai ou n찾o, levantar voo, cabe a uma só pessoa, n찾o é por consenso com os responsáveis pelos servi챌os envolvidos?

Sinceramente, custa-me a crer que alguém volte a dar instru챌천es de descolagem, depois de ter cometido um erro desta gravidade, se é que, as coisas se passaram assim, como nos parece.

A minha experiência de vida permite-me afirmar que o rigor tem sido muito prejudicado pela “febre” da contenção de custos, em áreas onde nunca seria demasiado.

As vitimas s찾o, como dizes, pessoas como nós, os nossos filhos ou netos!

Enquanto, o tempo n찾o desvanecer as imagens deste acidente, da nossa memória, vai ser uma angústia sabe-los a viajarem de avi찾o e n찾o é só na Spanair.

Em relaÃ§Ã£o a este assunto acho que os grandes responsáveis=criminosos sÃ£o os "donos"das Companhias aéreas que querem o lucro a qualquer preÃ§o mesmo à custa de vidas humanas.SÃ£o esses que têm de ser responsabilizados e punidos.Tenho a informaÃ§Ã£o que em Portugal a Companhia mais segura é a TAP pois é a mais responsável em ter boa manutenÃ§Ã£o nos seus aviÃµes.A Sata parece que também é das melhores.No resto,seja o que Deus quiser!.... Manela.

Parece-me que Deus já deve estar cansado de andar, com tanto irresponsável ao colo e que nos fez um aviso muito sério, infelizmente, a um pre챌o elevadissímo, para nos abrir os olhos.

Já reparaste nas aterragens de emerg챗ncia que se fizeram, nos últimos dias?

Beijinhos, vou até Turquel.