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General: FADO DE COIMBRA E SUA ORIGEM
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De: sao_percheiro25 (Mensaje original) |
Enviado: 17/09/2008 22:00 |
O Fado de Coimbra revela, na origem, grande proximidade instrumental com o de Lisboa mas tomou uma vertente mais erudita nos textos, outra espacialidade e efeitos vocais. Tornou-se perfeito para gravar as recordações da vida de estudante, os melhores anos da mocidade, as noites passadas sem dormir, os amores não correspondidos e as serenatas à janela.
De espírito rom창ntico, é cantado apenas no masculino por grupos estudantis, onde n찾o falta o traje académico negro de fato e capa grossa.
A Queima das Fitas, a festa de despedida do ano lectivo que se realiza em Maio, é o melhor momento para ouvir o fado de Coimbra. A Noite da Serenata, à porta da Sé Velha, é um momento de emoção único.
Alguns estudantes levaram o fado para a vida. Adriano Correia de Oliveira e José Afonso s찾o duas vozes de refer챗ncia, assim como as guitarras de Artur Paredes e Carlos Paredes. Aqui temos a tipica tricana de Coimbra. Uma da figuras mais conhecidas da Cidade de Coimbra, cantada pelos estudantes, a Tricana fez do xaile a sua pe챌a de luxo, usando-o sobre os ombros ou tra챌ado sob o bra챌o direito. Os xailes preferidos eram os que reproduziam em tapete decorativos orientais, denominados «xailes chineses». Veste saia preta de lã, com fitas de veludo; saia de baixo branca, com tira bordada; avental de popelina, blusa de “tubralco”; caixiné; xaile chinês a tiracolo; chinelos pretos. A Sé Velha, e aqui a Quinta das lágrimas A Quinta das Lágrimas está indissociavelmente ligada a El Rei D. Pedro e a Dª Inês de Castro. E apesar de a mais conhecida história de amor dita em Português não ter ocorrido na Quinta das Lágrimas, à época "Quinta do Pombal", algumas das mais belas páginas da literatura portuguesa encarregaram-se de tornar a "Quinta das Lágrimas" o cenário da sorte e do infortúnio dos amores de Pedro e Inês. A Quinta das Lágrimas ocupa uma área de 18, 3 hectares e situa-se na margem esquerda do Mondego. É fundamentalmente uma área ajardinada em torno do Palácio do Séc. XIX e um bosque situado na encosta a sul. Na propriedade existem duas nascentes que foram compradas pela Rainha Isabel de Aragão para abastecer de água, através de um pequeno aqueduto, o Mosteiro de Santa Clara-a-Velha e, naturalmente, o Paço Real, que ficavam ali bem perto. A existência de duas caleiras - uma directamente ligada à mina e consequentemente à Fonte Primitiva cujo acesso é marcado por uma porta do Século XIV e a outra ligada à chamada Fonte da Tradição - que se unem no "Cano dos Amores", permitindo que a água transportasse as mensagens que iam e vinham do Paço Real. Foi também essa água que ficou vermelha após a morte de Dª. Inês. Na verdade há uma alga chamada Hildenbrandia Rivularis que vive na água doce e é vermelha. O Jardim da Quinta das Lágrimas é constituído maioritariamente por espécies exóticas, algumas das quais com mais de duzentos anos. Recentemente, foi ainda criado um Jardim Medieval, em homenagem aos amores de Pedro e In챗s. Trata-se do primeiro jardim medieval em Portugal e o seu projecto é da autoria da Arquitecta Cristina Castel-Branco. O objectivo foi criar um ambiente de clausura e simplicidade, para o qual foram seleccionadas cerca de cinquenta espécies de plantas diferentes, cuja exist챗ncia já antes da época dos Descobrimentos é largamente comprovada por gravuras e documentos da época. Espero que gostem
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De: misabelantunes1 |
Enviado: 18/09/2008 02:13 |
S찾o, Belo trabalho, gostei muito. Aproveito para recordar José Afonso |
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De: misabelantunes1 |
Enviado: 18/09/2008 02:17 |
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De: mayra1950 |
Enviado: 18/09/2008 03:20 |
S찾o e Isabel, A minha pequena contribuição para o tema FADO DE COIMBRA. Quando esteve em Natal, o conheci em casa de uma prima que namorava um sobrinho dele. Presenteou-me um CD. Depois da "Balada da Despedida", o meu preferido é o Fado dos Passarinhos: "Passarinho da Ribeira Se não és meu inimigo Empresta-me as tuas asas Deixa-me voar contigo" e Canto de Amor e de Amar: "Um amor p'ra ser amor Dura sempre a vida inteira Quem ama segunda vez Não amou bem da primeira" "Coimbra tem mais encanto/Na hora da despedida". Todos conhecem estes versos de um dos temas mais famosos da música portuguesa, que pode bem ser emblemático de toda a carreira musical de Fernando Machado Soares, seu autor. Aquele que, nas palavras de José Niza "é talvez, depois de Menano e Bettencourt, o nome mais importante do fado de Coimbra, mais pela renova챌찾o que promoveu e pela qualidade e quantidade das suas composi챌천es, do que pela forma de interpretar, aliás também excelente. Na realidade foi este a챌oriano quem criou, no fundamental, as condi챌천es de transi챌찾o do fado clássico para as baladas, as trovas, que as vozes e as obras de José Afonso e Adriano Correia de Oliveira vieram imortalizar. Sem o contributo de Machado Soares, seguramente que teria sido outra, diferente e menos rica, a trajectória do Zeca e do Adriano, o qual gravou, aliás, muitas composi챌천es de Machado Soares". A챌oriano, estudante de Coimbra, Fernando Machado Soares vai destacar-se no grupo de Luiz Góes, José Afonso, António Brojo, António Portugal, entre outros. Aí desenvolverá grande actividade artística como cantor, mas também compositor e poeta. Magistrado, Machado Soares nunca deixou de cantar, ainda que esta sua actividade fosse considerada censurável à luz da dignidade da função e cargo. | Isabel, Ignorância é uma desgraça!!! Quando falastes no fado vadio, eu fui ao youtube e na busca digitei: 'Fado vadio"...rs rs rs ...e saiu aquele maluquice que postei no assunto "Vamos aos fados?". Agora sem que eu procurasse, entendi: é o fado que todos cantam e até improvisam. |
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