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General: A HISTÓRIA E ORIGEM DO FADO
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De: misabelantunes1  (Mensaje original) Enviado: 19/09/2008 20:03
O Fado é um estilo musical portugu챗s. Geralmente é cantado por uma só pessoa (fadista) e acompanhado por guitarra clássica (nos meios fadistas denominada viola) e guitarra portuguesa.

A palavra fado vem do latim fatum, ou seja, "destino". De origem obscura, terá surgido provavelmente na primeira metade do século XIX.
Uma explica챌찾o popular para a origem do fado de Lisboa remete para os c창nticos dos Mouros, que permaneceram no bairro da Mouraria, na cidade de Lisboa após a reconquista Crist찾. A dol챗ncia e a melancolia, t찾o comuns no Fado, teriam sido herdadas daqueles cantos. No entanto, tal explica챌찾o é ingénua de uma perspectiva etnomusicológica.
Mais plausivelmente, a origem do fado parece despontar da imensa popularidade nos séculos XVIII e XIX da Modinha, e da sua síntese popular com outros géneros afins, como o Lundu, no ent찾o rico caldo de culturas presentes em Lisboa, tendo como resultado a extraordinária can챌찾o urbana conhecida como "fado".
Na primeira metade do século XX, foi adquirindo grande riqueza melódica e complexidade rítmica, tornando-se mais literário e mais artístico. Os versos populares s찾o substituídos por versos elaborados e come챌am a ouvir-se as décimas, as quintilhas, as sextilhas, os alexandrinos e os decassílabos.
Durante as décadas de 30 e 40, o cinema, o teatro e a rádio v찾o projectar esta can챌찾o para o grande público, tornando-a de alguma forma mais comercial. A figura do fadista nasce como artista. Esta foi a época de ouro do fado onde os tocadores, cantadores saem das vielas e recantos escondidos para brilharem nos palcos do teatro, nas luzes do cinema, para serem ouvidos na rádio ou em discos.
Surgem ent찾o as Casas de Fado e com elas o lan챌amento do artista de fado profissional. Para se poder cantar nestas Casas era necessário carteira profissional e um repertório visado pela Comiss찾o de Censura, bem como, um estilo próprio e boa apar챗ncia. As casas proporcionavam também um ambiente de convívio e o aparecimento de letristas, compositores e intérpretes.
Os artistas que cantam o fado trajavam de negro. É no silêncio da noite, com o mistério que a envolve, que se deve ouvir, com uma "alma que sabe escutar", esta canção, que nos fala de sentimentos profundos da alma portuguesa. É este o fado que faz chorar as guitarras...
O fadista canta o sofrimento, a saudade de tempos passados, a saudade de um amor perdido, a tragédia, a desgra챌a, a sina e o destino, a dor, amor e ciúme, a noite, as sombras, os amores, a cidade, as misérias da vida, critica a sociedade...

O fado de Lisboa

Na segunda metade do século XIX, surge em Lisboa, embalado nas correntes do romantismo, uma melopeia que tanto exprimia a tristeza un창nime de um povo e a desilus찾o deste para com o ambiente instável em que vivia, como abria faróis de esperan챌a sobre o quotidiano das gentes mais desfavorecidas e, mais tarde, penetrava ainda nos sal천es da aristocracia, tornando-se rapidamente uma express찾o musical nacional.
Porém, a sua origem histórica, sem grandes aprofundamentos, tem para uns autores filia챌찾o mourisca ou africana, e para outros surge como importa챌찾o do Brasil, sob o espectro da tradi챌찾o do lundum[1], que terá encontrado a express찾o máxima com o acompanhamento da guitarra.
Segundo o músico Rui Vieira Nery, a história do fado tem início bem longe de Lisboa. Em 1808, com o exército franc챗s, juntamente com os aliados espanhois, já em território portugu챗s, o rei D. Jo찾o VI v챗-se obrigado a partir com a sua família para o Brasil, sendo seguido prontamente pela corte. Depois da partida da corte para a antiga colónia, parte da popula챌찾o decide migrar para o mesmo local.
O retorno destes emigrantes a Lisboa, juntamente com a express찾o musical dos brit창nicos, espanhóis e franceses que se haviam estabelecido na cidade, depois daquele período turbulento, cria uma espécie de «movimento cultural» popular, que logo receberia o nome de fado. Come챌ou por ser cantado nas tabernas e nos pátios dos bairros populares, como Alfama, Castelo, Mouraria, Bairro Alto, Madragoa, mas logo tomou import창ncia nacional.
O fado era na altura considerado uma express찾o artística herética. As suas origens boémias e ordinárias, baseadas nas tabernas e bordéis, nos ambientes de orgia e viol챗ncia dos bairros mais pobres e violentos da capital, tornavam o fado condenável aos olhos da Igreja, que desde cedo tentou impedir a evolu챌찾o de tal movimento.
Porém, é com a penetra챌찾o da fidalguia nos bairros do castelo, com a presen챌a constante dos cavalheiros e mesmo fidalgos titulares, que o fado se torna presen챌a nos pianos dos sal천es aristocráticos. [2]Tais nobres que se aventuravam naquele ambiente bairrista foram traduzindo as melodias da guitarra para as pautas das damas de sociedade, que até ali só investiam nas modinhas. Tal investidura levou a que o fado, ao passar da década de 1880, se tornasse assíduo dos sal천es.
As guerras civís da metade do século criaram um clima de inseguran챌a que envolveu as vicissitudes a vida parlamentar e política, despertando na voz popular a ades찾o maior ao fado e ao regozijo que este lhe trazia.
As tabernas, primordialmente, eram palco de encontros de fidalgos, artistas, trabalhadores da hortas, populares e estrangeiros, que se reuniam em noites de fado vadio, ou seja, o fado n찾o profissional.
A primeira cantadeira de fado de que se tem conhecimento foi Maria Severa Onofriana. Cigana e prostituta, de família da mesma estirpe, cantava e tocava guitarra nas ruas da Mouraria, especialmente na Rua do Capel찾o. Era amante do Conde de Vimioso e o romance entre ambos é tema de vários fados.
Mas é com início do século XX que nasce Ercília Costa, uma fadista quase esquecida pelas vicissitudes do tempo, que foi a primeira fadista com projec챌찾o internacional e a primeira a galgar fronteiras de Portugal.
Os temas mais cantados no fado s찾o a saudade, a nostalgia, o ciúme, as pequenas histórias do quotidiano dos bairros típicos e as lides de touros. Eram os temas permitidos pela ditadura de Salazar, que permitia também o fado trágico, de ciúme e paix찾o resolvidos de forma violenta, com sangue e arrependimento. Letras que falassem de problemas sociais, políticos ou quejandos eram reprimidas pela censura.
Deste fado "clássico" (também conhecido por fado casti챌o) s찾o expoentes mais recentes Carlos Ramos, Alfredo Marceneiro, Maria Amélia Proen챌a, Berta Cardoso, Maria Teresa de Noronha, Hermínia Silva, Fernando Farinha, Fernando Maurício, Lucília do Carmo, Manuel de Almeida, entre outros.
O fado moderno iniciou-se e teve o seu apogeu com Amália Rodrigues. Foi ela quem popularizou fados com letras de grandes poetas, como Luís de Camões, José Régio, Pedro Homem de Mello, Alexandre O’Neill, David Mourão-Ferreira, José Carlos Ary dos Santos e outros, no que foi seguida por outros fadistas como João Ferreira-Rosa, Teresa Tarouca, Carlos do Carmo, Beatriz da Conceição, Maria da Fé. Também João Braga tem o seu nome na história da renovação do fado, pela qualidade dos poemas que canta e música, dos autores já citados e de Fernando Pessoa, António Botto, Affonso Lopes Vieira, Sophia de Mello Breyner Andresen, Miguel Torga ou Manuel Alegre, e por ter sido o mentor de uma nova geração de fadistas. Acompanhando a preocupação com as letras, foram introduzidas novas formas de acompanhamento e músicas de grandes compositores: com Amália é justo destacar Alain Oulman (um papel determinante na modernização do suporte musical do fado), mas também Frederico de Freitas, Frederico Valério, José Fontes Rocha, Alberto Janes, Carlos Gonçalves.
O fado de Lisboa que é hoje conhecido mundialmente pode ser (e é muitas vezes) acompanhado por violino, violoncelo e até por orquestra, mas n찾o dispensa a sonoridade da guitarra portuguesa, de que houve e ainda há excelentes executantes, como Armandinho, José Nunes, Jaime Santos, Raul Nery, José Fontes Rocha, Carlos Gon챌alves, Pedro Caldeira Cabral, José Luís Nobre Costa, Ricardo Parreira, Paulo Parreira ou Ricardo Rocha. Também a viola é indispensável na música fadista e há nomes incontornáveis, como Alfredo Mendes, Martinho d'Assun챌찾o, Júlio Gomes, José Inácio, Francisco Perez Andión, o Paquito, Jaime Santos Jr., Carlos Manuel Proen챌a. Também se deve mencionar dois grandes profissionais da "escola antiga" Lelo Nogueira, e o expoente máximo da viola-baixo, Joel Pina.
Actualmente, muitos jovens –Raquel Tavares, Helder Moutinho, Maria Ana Bobone, Mariza, Joana Amendoeira, Mafalda Arnauth, Miguel Capucho, Ana Sofia Varela, Marco Oliveira, Katia Guerreiro, Luisa Rocha, Camané, Aldina Duarte,Gonçalo Salgueiro, Diamantina, Ricardo Ribeiro, Cristina Branco – juntaram o seu nome aos dos consagrados ainda vivos e estão dando um fôlego incrível a esta canção urbana.
O fado dito ”típico” é hoje em dia cantado principalmente para turistas, nas "casas de fado" e com o acompanhamento tradicional. As melhores casas de fado encontram-se nos bairros típicos de Alfama, Mouraria, Bairro Alto e Madragoa. Mantém as características dos primórdios: o cantar com tristeza e com sentimento mágoas passadas e presentes. Mas também pode contar uma história divertida com ironia ou proporcionar um despique entre dois cantadores, muitas vezes improvisando os versos – então, é a desgarrada.


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Respuesta Eliminar Mensaje  Mensaje 2 de 4 en el tema 
De: misabelantunes1 Enviado: 20/09/2008 03:14
Categoriza챌천es conhecidas
Fado Alc창ntara
Fado aristocrata
Iniciado por Maria Teresa de Noronha, e progredido por membros da sua família.
Fado Bailado
Fado Bat챗
Fado-can챌찾o
Fado Casti챌o
Fado tradicional dos bairros típicos de Lisboa
Fado Corrido
Caracterizado por ser um fado alegre, desgarrado e dan챌ável.[5]
Fado experimental
Dentro do "fado do milénio", atinge o auge com Mariza.
Fado Lopes
Fado Marcha Alfredo Marceneiro
Criado por Alfredo Marceneiro.
Fado da Meia-noite
Criado por Felipe Pinto.
Fado Menor
Caracterizado por ser um fado melancólico, triste e saudoso.
Fado Mouraria
Fado Pintadinho
Fado Tango
Criado por Joaquim Campos.
Fado Tamanquinhas
Fado Vadio'
Fado n찾o-profissional.
Rapsódia de fados
Justaposi챌찾o ou mescla de melodias (fados) tradicionais ou populares
Pelo que, atrás, li, cheguei à conclusão que o fado vadio não é mais que o fado espontâneo, cantado por quem o sente. Sendo assim, já tive oportunidade de o escutar, numa noite de S. João, em Lisboa e adorei.
Estava com um grupo de amigos, saborando umas sardinhas, numa tasca improvisada, na rua, e havia um guitarrista, sentado a um canto, a tocar fados. De vez, em quando, alguém se aproximava dele, cantava, agradecia os aplausos e continuava o seu caminho...
Fiquei surpreendida com tantas classifica챌천es do fado, apenas conhecia o aristocrata, o casti챌o e o fado-can챌찾o, o meu preferido.
Pelos vistos, o fado tem muito que se lhe diga!
Isabel

Respuesta Eliminar Mensaje  Mensaje 3 de 4 en el tema 
De: potencio0 Enviado: 20/09/2008 20:16
De: S.S. Pot챗ncio,
Gostei muito da explanação dada pela Ti Isabel sobre os "fados"!...
Escolhi, li e escolhi de novo... no final fiquei com todos os estilos!!! ou esteriotipos de can챌천es porque todas revelam a Alma Fadista que existe em cada Portugu챗s.
O Fado n찾o se canta apenas com as cordas vocais e sim ele deve ser vivido, sentido, sonhado, criado dentro da alma do seu intérprete - ao vivo é a prefer챗ncia pois ele fica destituído de maquillagem ...
Mas, quem sou eu para falar de fado!?... eu apenas escrevo versos que podem ou não se enquadrar em algum tipo de letra para se cantar como fado e, antes de tudo quero deixar registrado que nem sempre o meu sentido humoristico se pode aplicar ao fado.
Mas ele existe!... existe o fado castiço (que se canta à luz de castiçais, por exemplo...) será?
Existe o fado educativo porque segundo dizia o meu Amigo Alfacinha , o Victor Conde das Berlengas nascido ali perto de Campolide ... o fado é qu'induca e a guitarra é k'instrói!...
... NA CONDUÇÃO FUI UM ÁS,
ENGATEI A MARCHA ATRÁS...
AO FUNDO DA RUA DA PENHA!...
DERRUBEI DEZ PALITEIROS,...
PARTI VINTE CANDEEIROS...E SÓ PAREI NO SALDANHA!!!!
DO MOTOR EU PEÇO MEÇAS,
POIS ATÉ FALEI EM PEÇAS... QUE NÃO VEM NO ESTUPOR!
Estes são alguns versos dedicados aos alunos de auto-escola e portanto temos aqui também um Fado Condutor mas... por hoje fico por aqui porque a letra termina com a informação de que fui reprovado!!!... SÓ NÃO ME DERAM A CARTA PORQUE EU SABIA DEMAIS!

Respuesta Eliminar Mensaje  Mensaje 4 de 4 en el tema 
De: mayra1950 Enviado: 20/09/2008 22:27

Isabel.

Não sei nem se cabe cá, os violeireiro nordestinos, mas enquadram à meu ver nas diversas modilidades do cantar improvisado, mais de acordo com o fado vadio.

Beijinhos,

Mayra


Chega mais povo,brasileiro!

vem ouvir a voz do violeiro

que traz novas do sert찾o inteiro

e também do estrangeiro!


CULTURA VIOLÍSTICA REPENTISTA

QUADRA, QUADRÃO, SEXTILHA, MOURÃO, MARTELO AGALOPADO E GALOPE À BEIRA-MAR

Os violeiros nordestinos formam um repente, que é a habilidade que tem o poeta tem de compor versos na hora, geralmente em resposta à provocação anterior criada pelo outro violeiro da dupla. Essa atividade, a de um criar uma estrofe e o outro responder em versos é conhecida como desafio.

Os versos, conforme sua metrificação, são conhecidos por nomes como quadra, quadrão, sextilha, mourão, martelo agalopado, galope à beira-mar.

Sextilhas s찾o estrofes de seis versos. Mas existem muitos outros gêneros, como a quadra, de quatro versos; o quadrão, de oito; o galope à beira-mar, o martelo agalopado, o moirão, a décima, o gabinete, a toada alagoana.

A sextilha, talvez por ser mais fácil, é o gênero preferido dos repentistas, principalmente no início de suas apresentações – os chamados desafios.


O martelo agalopado, é considerado o mais nobre. O martelo é composto de estrofes de dez versos, em decassílabos.



O galope à beira-mar é assim chamado porque sempre discorre sobre temas praieiros.

Veja como o Cego Aderaldo enfrenta um desafio

sextilha

quadr찾o

mour찾o

martelo agalopado

Quadra: muito aplicada em prosa, poesia popular, literatura de cordel, sendo os versos com quatro linhas (ou pés), de sete sílabas, com a deixa livre ou rimando com a próxima estrofe, podendo ter um esquema de rima bastante variado.

Nesse mundo turbulento
Escravo do capital
Eu quase que n찾o agüento
Carregar meu ideal.

Luto, luto a cada dia...
Porque lutar n찾o faz mal.
Meu maior sonho seria
Ver o mundo mais igual.
(Valentim Martins)

Quadr찾o: é uma quadra de oito versos.

Sextilha: g챗nero preferido pela maioria dos poetas de cordel e violeiros contendo versos de sete sílabas e estrofes de seis linhas:

É a pobreza aumentando
Numa propor챌찾o veloz
Quando ficamos calados
Alguém decide por nós
É por isso que eu digo
Temos que ter vez e voz.
(Valentim Martins)

Setissílabos: também chamados de heptassílabos s찾o versos de sete sílabas que podem ser apresentados em estrofes com sete, oito, e dez linhas:

Lágrimas, sonhos, sorrisos...
Temos sempre eu e voc챗
É difícil a caminhada
Nessa arte de viver
Desde os atos mais medonhos
Menor do que nossos sonhos
Sei que n찾o podemos ser...
(Valentim Martins)

Decassílabo: dez linhas e dez sílabas:

Quando chove meu sert찾o é t찾o bonito
Com a vida presente em cada flor...
Mas depois da alegria vem a dor
É a seca trazendo o esquisito
Chora o pobre faminto e aflito
Ao perder toda sua planta챌찾o
E aqueles que dirigem a na챌찾o
Nunca querem tomar as provid챗ncias
É preciso, irmão de paciência...
Pra lutar por melhoras pro sert찾o.
(Valentim Martins)

Martelo alagoano: com refr찾o "nos dez pés de martelo alagoano".

Sempre louvo as festas populares
Porque s찾o express천es do nosso povo
S찾o Jo찾o, Natal e o ano novo;
Festejados nas pra챌as e altares
É o povo respirando novos ares
Num compasso bonito e soberano
Repetido há milhares de anos
E mantendo cultura e tradi챌찾o
Respeitando as leis do cora챌찾o
"Nos dez pés de martelo alagoano"
(Valentim Martins)

Brasil caboclo: com o refr찾o "nesse Brasil de caboclo de m찾e Preta e pai Jo찾o":

Brasil de gente sofrida
Sem terra, sem moradia...
Sem paz e sem alegria
De poder viver a vida
E de gente destemida
Querendo ser cidad찾o
Trabalhando de mont찾o
E ganhando muito pouco
Nesse Brasil de caboclo
De m찾e Preta e pai Jo찾o.
(Valentim Martins)

Galope na beira do mar: estrofes de 10 linhas, 11 sílabas métricas deixa livre ou a 9짧 rima com o primeiro verso da estrofe seguinte, e o 10º verso finalizando com "cantando galopes na beira do mar":

Eu sou professor, vivo sem sossego
Andando depressa qual Judeu errante
Em duas escolas, no mesmo instante...
Procurando meios e n찾o tenho apego
Querendo entender onde foi meu erro
Cumprindo o dever n찾o posso parar
N찾o me sobra tempo nem pra estudar
Percebendo pouco, coberto de conta
Falando sozinho de cabe챌a tonta
"Cantando galope na beira do mar".
(Valentim Martins)

Treze por doze: 12 linhas, rimando com "É o cantador de vocês":

Era só o que faltava
Esse maldito apag찾o,
O transtorno, a confus찾o...
No país n찾o se acaba.
O povo é que vá pras favas!
Assim dizem os cruéis
É 13 por 12 é 11 por 10
É 9 por 8, é 7 por 6
É 5 por 4, mais 1, mais 2 e mais 3
Só n찾o constrói a história
Se apagarem a memória
"Do cantador de voc챗s".
(Valentim Martins)

Dez de queixo caído: 10 linhas, 7 sílabas, rimando com "nos dez de queixo caído":

Meu caro amigo estudante
Veja aqui o meu relato
Positivo e muito exato
Da memória resultante.
Tenha calma, n찾o se espante!
E n찾o se d챗 por vencido
Eu ficarei comovido
Se um dia v챗-lo formado
Feliz e realizado
Nos dez de queixo caído.
(Valentim Martins)

No tempo de Pai Tomaz:

"Curavam ventre caído",
Enxaqueca, mal de olhado,
Indigest찾o, bucho inchado,
Azia, pé desmentido,
Mal-de-morte, dor de ouvido,
Constipa챌찾o, dor-de-dente,
Suor frio e corpo quente,
Banzo, cobreiro e antraz
No tempo de Pai Tomaz
Preto Velho e Pai Vicente".
(Sobrinho, 1998:244).

Mour찾o: Um canta perguntando e outro respondendo:

"Pra que serve o poder?
Para governar o povo
Para que serve o novo?
Pra em fim envelhecer
Para que serve o querer?
Pra quem sente precis찾o
Para que serve o perd찾o?
Pra dizer tá perdoado
Isso é que é mour찾o voltado
Isso é que é volta-mour찾o".
(CD - Zé Ramalho, 2000).

Coqueiro da Bahia: 10 pés ou linhas, com 7 sílabas, com o refr찾o:

"Coqueiro da Bahia.
Quero ver meu bem agora
Quer ir mais eu vamos
Que ir mais eu vambora".

Quando a gente está amando
Fica meio desatento
Só sente a brisa do vento
Quando bota o rosto fora
E por qualquer coisa chora
Pensando no que queria
Coqueiro da Bahia.
Quero ver meu bem agora
Quer ir mais eu vamos
Que ir mais eu vambora.
(Valentim Martins)

Trava-língua: Exemplos de autoria de José Alves Sobrinho.

"Passa o pra챌a com o preso.
Para o presídio da pra챌a,
O pra챌a, o preso empurrando...
O preso pede a quem passa:
Prenda o pra챌a e solte o preso
Solte o preso e prenda o pra챌a".

Roj찾o pernambucano

Numa noite sertaneja
De uma lua prateada
Eu arranjei uma amada
E come챌ou a peleja:
Eu tomei uma cerveja
E fui atrás de Maria
Eu entrava, ela saía...
Ela saia, eu entrava
Quando eu ia, ela voltava
Quando eu voltava, ela ia.
(Valentim Martins)

fontes: Caros Amigos, monografias.

por Luiz Viola


Acrescento link da Wikipedia:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Viola_caipira



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