Lágrimas são palavras que nascem sem som, e que suavemente se vão aglomerando, tomando conta de todo o nosso ser.
São sorrisos disfarçados de tristeza que não floresceram, simplesmente brotam como fonte límpida do riacho que corre...
Umas vezes são sinais de alegria ou desespero, ou simplesmente raiva, uma raiva que aos poucos vai tomando conta de nós, e que como um fantásma nos segue.
Lágrimas são sons qual música no dedilhar da pauta que se não lê... a e sem dar conta correm, suavemente, silenciosamente! Chorar, o salgado do tempero que nos deixa um travo amargo de derrota, e assim deslizam em desespero, calando uma dor que nos
aperta o cora챌찾o e nos faz sentir minusculos gr찾os de areia...
Velas molhadas de cera fina numa noite de tempestade, lágrimas...
Uma lágrima jorrando como a água da nascente nascida de varios sentimentos, dependendo da hora, do momento em que sentimos o cora챌찾o t찾o apertado, que nada consegue evitar essa avalanche de sentimentos.
Uma lágrima fazendo face ao leito do rio que corre aflito, percorrendo todas as veias ao ponto de as n찾o poder conter.
Caladas por vezes num pranto intenso
descuidadas nem reparam que est찾o sendo observadas, nem sempre compreendidas, ou mesmo sensuradas, estas s찾o as lágrimas com que se fustiga a dor, para calar a voz da tristeza!
S찾o estas as lágrimas da cor da natureza, quando se chora sem que ninguém entenda, mas que podem ser o fim de uma jornada, duma caminhada finalizada!
S찾o Percheiro