Maputo, 16 Out (Lusa) - O Presidente brasileiro, Lula da Silva, considerou hoje "acanhada" a presen챌a de empresas brasileiras em Mo챌ambique, desafiando os empresários do seu país a aumentar a presen챌a no país, nomeadamente na área dos biocombustíveis.
"A presença brasileira ainda me parece acanhada face às potencialidades deste país. Quero desafiar os empresários a criar outras parcerias produtivas e aumentar a presença brasileira em Moçambique. Penso, por exemplo, nas amplas oportunidades no sector dos biocombustíveis, que é prioritário para o Governo do Presidente Guebuza", disse, no final de um seminário com empresários dos dois países.
Lula da Silva, que cumpre hoje o primeiro de dois dias de visita de Estado a Mo챌ambique, defendeu a necessidade de uma "parceria mutuamente benéfica entre os dois países".
"Já temos um memorando de coopera챌찾o entre os nossos governos e entre a Petrobras e a e Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH) de Mo챌ambique. Empresas brasileiras est찾o prestando consultoria na área do etanol. Para que isso se materialize é fundamental uma associa챌찾o mais intensa entre agentes económicas dos dois países", disse Lula da Silva.
" A minha presen챌a aqui sublinha o carácter estratégico indissolúvel que os nossos governos est찾o determinados a imprimir nessa parceria bilateral", afirmou.
Perante empresários, Lula da Silva disse ter encontrado em Mo챌ambique "um país em grande transforma챌찾o" e considerou ser fundamental a constitui챌찾o de parcerias entre países emergentes perante o "clima de profunda incerteza que marca a cena económica e financeira internacional".
"Os países em desenvolvimento que apostaram num único mercado são os que mais perderam", sublinhou, acrescentando: "Nas minhas nove viagens a África fiz sempre questão de vir acompanhado com empresários, o que se mostrou uma opção acertada. O comércio com a África praticamente quadruplicou desde 2002, chegámos próximos dos 20 mil milhões de dólares, oito por cento das nossas exportações. Se fosse um só país, a África seria o nosso quarto parceiro comercial".
"Mas ainda enfrentemos o problema do desequilíbrio da balan챌a comercial (...) precisamos identificar formas de aumentar formas de aumentar as exporta챌천es de Mo챌ambique para o Brasil e de aumentar os investimentos brasileiros geradores de empregos e renda", acrescentou.
PGF.
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