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notcias: Sobreviver em Joanesburgo, a maior cidade sul-africana
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De: misabelantunes1  (Mensaje original) Enviado: 27/10/2008 03:39
http://diarioeconomico.com/edicion/diarioeconomico/edicion_impresa/observatorios/pt/desarrollo/1052225.html

Objectivo África do Sul - Dia 3 2007-10-31 00:05

Sobreviver em Joanesburgo, a maior cidade sul-africana

Apesar da crescente preocupa챌찾o do Governo, a criminalidade continua a fazer parte do dia-a-dia dos sul-africanos. Um quebra-cabe챌as de difícil solu챌찾o.

Fernando Duarte vive na África do Sul e é um dos sócios da segunda maior cadeia de restaurantes de frango do mundo, a Nando´s, logo depois da norte-americana Kentucky Fried Chicken. E não é de estranhar já que, ao contrário de outros países, na África do Sul é mais fácil encontrar uma perninha de frango do que um hamburguer em cada esquina. Porquê? Porque a carne de frango é bem mais barata.

Há quatro anos, foi assaltado em Joanesburgo, dentro de casa. Bastou um minuto de falta de atenção e podia ter acontecido o pior. "A minha mulher ía a sair e deixou os portões abertos." Depois foram "duas horas deitado no chão com uma pistola apontada", conta. Um verdadeiro pesadelo. Durante o tempo em que esteve imobilizado "só pensava" no que poderia ter acontecido aos filhos e à mulher.

Hoje, já está conformado. "Isto é por fases. Qualquer sul-africano já passou por um incidente ou outro. Já faz parte do sistema. Vivemos sem pensar nisso. Há alturas em que os nossos restaurantes s찾o assaltados duas ou tr챗s vezes por m챗s", acrescenta.

Com mais de cinco milhões de habitantes, Joanesburgo é a maior cidade da África do Sul, a quarta maior no continente africano e também a mais perigosa. A taxa de criminalidade é uma das mais elevadas em todo o mundo. Os assaltos e as violações são frequentes, bem como o 'carjacking' e os assaltos à mão armada. Sobretudo, na região de Gauteng (província que inclui Joanesburgo e Pretória), onde a taxa de criminalidade soma 75% do total do país.

Quem vive em Joanesburgo, tem de estar preparado para isso. "Os empresários devem ter em conta a quest찾o da seguran챌a, uma vez que esta n찾o é muito comum em Portugal", diz Jorge Salvado Moreira, chefe da delega챌찾o do AICEP (Ag챗ncia para o Investimento e Comércio Externo de Portugal) em Joanesburgo.

A cidade está transformada numa espécie de 'bunker' onde, no centro, as casas mais parecem caixas-fortes. N찾o há janela que n찾o tenha grades, jardim que n찾o tenha portas blindadas e moradia que n찾o tenha alarme, paredes altas e até, em alguns casos, cercas electrificadas. Um jornalista ingl챗s, correspondente da BBC, chegou mesmo a descrever este ambiente como a "arquitectura do medo". Um local onde n찾o é possível sentir-se verdadeiramente confortável e onde se deve estar preparado para todas as eventualidades.

O centro da cidade, a zona de Boksburg e os subúrbios de Joanesburgo são locais a evitar. Já as zonas menos perigosas são os bairros de Sandton e Rosebank, mas mesmo aí convém não abusar da sorte. Qualquer descuido pode ser uma oportunidade para o crime.

"As pessoas t챗m de ter cuidado e adaptarem-se ao ambiente protegendo-se e vivendo em áreas seguras", sublinha Pieter Strauss, gestor da fábrica de Simuma, da Cimpor, situada na província de KwaZulu-Natal, outra das províncias perigosas sul-africanas.

"A questão da segurança é uma área preocupante que afecta toda a África do Sul", acrescenta o gestor. Essa preocupação tem sido, aliás, partilhada pelo Governo e pelos investidores privados que têm trazido o assunto para a agenda política e económica do país. Em 1996, o então presidente, Nelson Mandela, teve a ideia de criar a associação 'Business Against Crime', cujo objectivo é envolver os empresários e convencê-los a juntarem-se ao Governo no combate ao crime. A estratégia tem dado resultados. Apesar da criminalidade ser ainda bastante elevada, a verdade é que já há cidades onde se pode viver em relativa segurança.

"A longo prazo, o nível de criminalidade vai cair. O Governo está a tomar medidas para resolver esse problema e está a consegui-lo. A verdade é que o ambiente de negócios é diferente e que, embora a economia sul-africana demonstre potencial, é ainda um país em desenvolvimento onde as questões em torno da segurança, trabalho ou fornecimentos estão a ser tratadas", afirma Sadiq Jaffer, director do Departamento de Comércio e Indústria da África do Sul.

A elevada taxa de criminalidade é acompanhada pelo alto desemprego que se vive no país. Hoje, cerca de 30% da população está desempregada e mais de metade vive abaixo da linha da pobreza, com apenas um dólar por dia. "Por mais que a economia tenha crescido, não conseguimos criar emprego para toda a gente e isso gera crime. Ainda mais agora que a imigração está a crescer. Só do Zimbabué, por exemplo, há na África do Sul mais de três milhões de pessoas", sublinha Fernando Duarte.

Enquanto o país não conseguir solucionar o problema da criminalidade existem formas de, individualmente, tentar contornar o problema: "A prudência pode evitar a maior parte dos problemas", explica Craig MacMurray, gestor da Sonae Novobord.

Guardar o passaporte num lugar seguro, evitar o uso de jóias, evitar sair à noite, só andar a pé nas zonas mais movimentadas da cidade, não parar nos sinais de trânsito à noite ou nunca viajar de carro sozinho, são alguns dos exemplos que podem ser seguidos por qualquer pessoa. Há cuidados que se devem ter e não é por isso de estranhar que a maior parte dos empresários se faça acompanhar de um motorista.

Os transportes públicos também est찾o a crescer. Actualmente, ainda existem poucos comboios ou autocarros e o metro é insuficiente para o fluxo de passageiros que uma cidade da dimens찾o de Joanesburgo tem diariamente. O mesmo acontece com os táxis. Apesar da frota automóvel ser bastante antiquada, este é ainda o meio de transporte menos inseguro do país. No entanto, deverá optar-se pelos táxis individuais.

De resto, tudo depende do bom senso. "Infelizmente, a seguran챌a é um problema e as nossas estatísticas da criminalidade n찾o s찾o um motivo de orgulho. Mas, como em todo o mundo, há certas zonas para onde n찾o se pode ir", afirma Craig MacMurray, gestor da Sonae Novobord.

Apesar deste clima de instabilidade, a verdade é que a experi챗ncia da maioria dos empresários é positiva. N찾o só a economia sul-africana está a crescer como o país tem ainda um enorme potencial de desenvolvimento, repleto de oportunidades de negócio.

"Não podemos fugir ao facto de termos um problema com o crime, mas o Governo está a fazer o que pode. Se calhar podia fazer mais, mas uma pessoa tem de pesar isso com as oportunidades que o país oferece. E elas compensam a nossa presença e não devem ser esquecidas quando se discute a questão da criminalidade. Aqui, as oportunidades são maiores do que noutras partes do mundo", justifica Paulo Fernandes, CEO do Automotive Industry Development Center (AIDC), sediado em Rosslyn, Pretória. Basta vontade de vencer, alguma audácia e uma série de cuidados extra que um empresário não tem por hábito cumprir nos mercados europeus, por exemplo. Mas que são igualmente obrigatórios noutras economias emergentes do mundo. Como Angola ou o Brasil.



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