São inexplicáveis os momentos em que nos sentimos aprisionados pelas grades da consciência, como se uma ausencia de tudo nos fizesse sentir menos bem, diria até, que sujos na escuridão da alma que nos acorrenta, e que como numa corrente nos aprisiona quais farrapos humanos!
Não pode haver almas limpas em corpos sujos, cuja tormenta acarrenta dores imensas nos resumindo á miséria humana...
Isolados do mundo, perdidos na culpa imensa de umas horas de felicidade que não nos pertencem, seguimos ser ver, completamente cegos, alheios á tormenta que nos irá atormentar toda uma eternidade de felicidade não merecida...
As grades da consciência serão a pena máxima decretada por um juíz severo, implecável, sem condicionais, nem saidas pelos dias festivos, como crivos nos vão aprisionando os sentidos, até que o amanhecer jámais nos permitirá o sonho de acreditar novamente, ficando apenas um travo amargo de derrota, do total abandono ao mundo que julgamos ser nosso, e que na hora do julgamento nos deixou completamente sós!
São`Percheiro