Tira-me o ar a brisa
o alimento que me sustenta
mas não me tires o riso,
aquele riso de criança puro
qual água cristalina.
Me tira as estrelas no cair da noite
as vestes que me cobrem
mas não me tires teu riso
de que tanto preciso para viver...
Faz um intervalo, e no segundo acto
desce e vem me ver,
não me tires o riso
aquele riso que preciso para viver!
Me tira até o ar que respiro
as lágrimas o suspiro
mas não me tires teu riso,
pois se é dele que eu vivo
por favor... Não me tires teu riso!
Improviso numa tarde de Inverno de
São Percheiro