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Se tu soubesses árvore amiga
quantas vezes me sentei á tua porta
procurando a tua sombra...
Fincava os braços pensando,
sonhando... tanta coisa!
Deixava que as folhas rolassem
por entre os dedos
Se tu soubesses Árvore amiga
quantas vezes te procurei
para chorar contigo
o vislumbre de meus sonhos
de menina e moça...
Sei que tudo acabou,
que tu ficaste para lá do navegar
e que não mais
te voltarei a ver,
e tu não me tornarás a embalar!
Lembro teu porte altivo
e choro a tua derrocada...
Vejo-te para o além
dum distante e denso nevoeiro,
e choro contigo meu amigo
Árvora da minha terra
do meu chão,
da negra dengosa, de ti meu irmão!
São Percheiro