Os melhores países para as mulheres
A capacitação feminina é hoje em dia encarada como nunca antes o fora na história mundial.
Matthew Kirdahy
15 de Janeiro de 2009 No impulso global para promover a igualdade de género em todos os domínios, desde o comércio à política passando pela educação e saúde, é a Europa que tem feito os maiores avanços para colmatar o fosso entre géneros.
A Noruega, Finlândia e Suécia são os melhores países em termos de igualdade do género, de acordo com um estudo recente do Fórum Económico Mundial, uma organização sem fins lucrativos famosa pela sua cimeira económica que reúne os líderes mundiais e se realiza anualmente em Davos, na Suíça.
Estes países nórdicos e os seus vizinhos da Europa Ocidental ocupam 16 posições entre os 30 melhores países com a maior igualdade de género no mundo.
Por seu turno, os EUA quedaram-se por um lugar surpreendentemente baixo, 27º, atrás do Lesoto (16º), Moçambique (18º) e Moldávia (20º).
É sem surpresas que os países com a pior classificação estão espalhados pelo Médio Oriente e Ásia. Países como o Chade (129º), Arábia Saudita (128º) e Paquistão (127º) ocupam os últimos lugares da lista. Porém, o pior de todos foi o Iémen no 130º lugar.
O relatório Global Gender Gap Report avalia a dimensão do fosso entre géneros – a disparidade nas oportunidades disponíveis para os homens e mulheres – em 130 países em quatro áreas críticas: participação económica e oportunidades, saúde e sobrevivência, nível de qualificações e capacitação política.
A classificação de um país tem por base uma pontuação total, que é expressa numa percentagem. A pontuação representa o quanto é que um país foi capaz de reduzir o fosso entre géneros. Uma pontuação de 100% representaria um equilíbrio perfeito.
A maioria dos dados foi disponibilizada por várias organizações não governamentais, como a Organização Internacional do Trabalho, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento e a Organização Mundial de Saúde. No primeiro lugar encontra-se a Noruega com 82%.
A Finlândia vem logo atrás com 82%, enquanto a Suécia alcançou uma pontuação de 81,4%. Os EUA fecharam 72% do seu fosso entre géneros, de acordo como o estudo, enquanto o Iémen ficou-se pelos 47%.
Nos dez primeiros encontram-se países como a Islândia (80%), Nova Zelândia (79%), Filipinas (76%), Dinamarca (75%) e Países-Baixos (74%). O Reino Unido classificou-se em 13º (74%), enquanto o Canadá ficou-se pelo 31º (71%), prejudicado por fracos resultados nas categorias de níveis de qualificações e capacitação política.
"Pessoalmente, os EUA foram a surpresa," referiu Saadia Zahidi, uma das autoras do estudo. Segundo Zahidi, muitas das flutuações de um ano para o outro na lista dependem da política. Um ano de eleições pode alterar facilmente a pontuação geral de um país dependendo da quantidade de mulheres que são eleitas para cargos públicos.
Entre as quatro classes analisadas, o resultado mais fraco dos EUA foi em termos de capacitação política. O resultado da Finlândia recebeu um empurrão de Tarja Halonen, a sua actual Presidente.
Na América Latina e nas Caraíbas, Trinidad e Tobago em 19º foi o país com o melhor resultado, graças ao facto de ter muitas mulheres eleitas em cargos públicos. Estreando-se este ano na lista, Barbados surpreendeu pela positiva ao alcançar o 26º lugar.
Israel foi o país melhor classificado no Médio Oriente e Norte de África, em 56º. Enquanto na Ásia e Oceânia, as Filipinas e o Sri Lanka conseguiram ficar entre os 20 primeiros pelo terceiro ano consecutivo