Imagem © Grom Matthies
Todos sabemos que a Natureza nos proporciona momentos de rara beleza. Um destes fenómenos, muito apreciado pelos amantes dos astros, são os eclipses da Lua e do Sol. O facto de a Lua ser 400 vezes menor do que o Sol mas estar 400 vezes mais próxima faz com que tenhamos a possibilidade de apreciar eclipses totais do Sol, quando a Lua, ao longo da sua órbita, se interpõe entre a Terra e a nossa Estrela. A sombra projectada pelo satélite (a Lua) no nosso planeta atinge apenas uma pequena região. Somente nos locais atingidos pela sombra o fenómeno pode ser apreciado na sua plenitude. Nas regiões adjacentes, pode-se apreciar um eclipse parcial; e nas restantes o fenómeno passa completamente despercebido.
Contudo, a órbita do nosso satélite não é perfeitamente circular. Como resultado, por vezes a Lua está ligeiramente mais próxima e por vezes ligeiramente mais distante da Terra. Se um eclipse ocorre num ponto da órbita em que a Lua está mais distante, o disco lunar não cobre completamente o disco solar.
Dependendo da localização do observador, os dois discos podem ficar perfeitamente alinhados e vê-se um anel à volta da Lua. Nas regiões adjacentes também se observa o anel, contudo descentralizado. Foi exactamente o que ocorreu no passado dia 26 de Janeiro. O fenómeno foi visível em partes de África, Antárctica, Sudoeste Asiático e Austrália como ilustra a figura abaixo:
Imagem © NASA
No zona da centralidade o fenómeno pôde ser observado assim:
Imagem © Hugo Silva - eclipse anular do sol em Argozelo, Outubro de 2005
Em Portugal, desta vez, não tivemos este privilégio. Se quiser estar informado sobre as datas e localizações destes eventos pode consultar esta página da NASA.
Os verdadeiros aficionados transformam-se em aguerridos caçadores de eclipses. Boas caçadas !