Vikram Pandit, CEO do Citigroup, revelou, hoje, que vai passar a receber um salário de apenas um dólar e que não aceitará qualquer bónus até que o banco que lidera, e que recebeu mais de 45 mil milhões de dólares (35 mil milhões de euros) em ajudas governamentais, regresse aos lucros.
“Entendo a nova realidade e vou garantir que o Citigroup também a entenda”, afirmou Pandit na audiência no Congresso norte-americano. O CEO do Citigroup teve a seu lado mais sete responsáveis de instituições financeiras dos EUA que foram ao Congresso explicar como foram gastos os 166 mil milhões de dólares de ajudas que já receberam.
O responsável daquele que já foi o maior banco do mundo “respondeu” com o salário de um dólar e a recusa de bónus às fortes críticas que têm sido feitas pelos responsáveis políticos à gestão dos vários bancos, numa altura que estes receberam milhares de milhões para os ajudar a enfrentar as adversidades e a contribuir para a reavivar a economia.
Barack Obama, presidente dos EUA, classificou, recentemente, os bónus multimilionários dos gestores de “vergonhosos” e sublinhou que são “o cúmulo da irresponsabilidade”. Apesar das perdas elevadas que registaram, com investimentos em activos “tóxicos”, muitos dos gestores de topo da banca continuam a receber bónus de desempenho.