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geral: O fim último da vida não é a excelência!
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De: nhungue  (Mensaje original) Enviado: 18/02/2009 10:28

O fim último da vida não é a excelência!

Canal de Opinião, por João Pereira Coutinho(*)

"Não tenho filhos e tremo só de pensar. Os exemplos que vejo em volta não aconselham temeridades.
Hordas de amigos constituem as respectivas proles e, apesar da benesse, não levam vidas descansadas.
Pelo contrário: estão invariavelmente mergulhados numa angústia e numa ansiedade de contornos particularmente patológicos.
Percebo porquê. Há cem ou duzentos anos, a vida dependia do berço, da posição social e da fortuna familiar. Hoje, não.
A criança nasce, não numa família mas numa pista de atletismo, com as barreiras da praxe: jardim-escola aos três, natação aos quatro, lições de piano aos cinco, escola aos seis, e um exército de professores, explicadores, educadores e psicólogos, como se a
criança fosse um potro de competição.
Eis a ideologia criminosa que se instalou definitivamente nas sociedades modernas: a vida não é para ser vivida - mas construída com sucessos pessoais e profissionais, uns atrás dos outros, em progressão geométrica para o infinito.
É preciso o emprego de sonho, a casa de sonho, o maridinho de sonho, os amigos de sonho, as férias de sonho, os restaurantes de sonho.
Não admira que, até 2020, um terço da população mundial esteja a mamar forte no Prozac. É a velha história da cenoura e do burro: quanto mais temos, mais queremos. Quanto mais queremos, mais desesperamos.
A meritocracia gera uma insatisfação insaciável que acabará por arrasar o mais leve traço de humanidade. O que não deixa de ser uma lástima.
Se as pessoas voltassem a ler os clássicos, sobretudo Montaigne, saberiam que o fim último da vida não é a excelência, mas sim a felicidade!" (João Pereira Coutinho)

(*) jornalista português

CANAL DE MOÇAMBIQUE - 17.02.2009



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Respuesta Eliminar Mensaje  Mensaje 2 de 3 en el tema 
De: mayrameireles Enviado: 19/02/2009 10:40
João, Adorei o texto que acabo de ler. Atrevidamente...posso "acrescentar" uma opinião? - Na "pista de atletismo, além de jardim-escola as três, natação as quatro, lições de piano as cinco, escola as seis, e um exército de professores, explicadores, educadores e psicólogos, como se a criança fosse um potro de competição", tem a própria família à exibir a(s) criança(s) tipo uma maratona competitiva em relação à família "inimiga"..(não que seja, mas cada uma quer que o filho(a) seja o melhor. Chego a ter pena, sinceramente... Vou procurar ler mais artigos do João Pereira Coutinho. Beijos, Mayra

Respuesta Eliminar Mensaje  Mensaje 3 de 3 en el tema 
De: mariomarinho2 Enviado: 19/02/2009 13:53
Com todo o respeito pelas mais variadas opiniões, permitam-me que expresse o meu ponto de vista: TODO O ANIMAL É COMPETITIVO!! Inclusivé, os ditos irracionais.(Na selva, os animais disputam entre si toda a espécie de posições!). Daí, concluir que o instinto de competição nasce com o homem. O Homem que não seja competitivo não sobrevive no mundo actual, e, não confundo competição com egoísmo, inveja, individualismo, ou, outros egocêntrismos!. Tudo o que nos rodeia se centra em competitividade. Assim o é desde a nascença, passando pela escola, pelo desporto, e pelo mundo laboral. Em suma, o ser humano é, por si só, um ser competitivo. De resto, até me parecia ser de pura hipocrisia dizer que, alguém não seria competitivo ou ambicioso... Ser competitivo é uma necessidade básica, explicita ou implicita, e suas hierarquias... Por fim, esta pequena reflexão: - Não será a competir que aprendemos como os melhores agem? Ainda que neste contexto não se percam os afectos! Marinho


 
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