Não, não tenho tempo...
Um tempo que tive que foi meu
mas que ao longo da vida
tudo se perdeu!
Não, não tenho tempo
tempo da minha saudade do meu grito
da minha liberdade.
Olho a giesta na serra mas sei
que não mais serei o que era!
Lembrei da cotovia, e chorei minha alegria!
Não, não tenho tempo
mas sei que desse tempo hoje
amanhã, um dia vou ter de encontrar
e se o tempo me deixar
eu voltarei ao que era, e cantarei
contigo o canto á Primavera!
Me espera, quem sabe o tempo volta
e este grito de raiva e revolta passa
e de volta meu pensamento
que neste momento apenas pode dizer
não, tenho tempo!
Dedico este poema modesto feito neste momento a todos os meus amigos, um beijo de bom dia.
São Percheiro