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Maria Clara
Voz límpida e clara na dicção Maria Clara, senhora de uma agilidade vocal surpreendente, sabia dar a tudo o que cantava a medida certa, "o tom" ideal. Seriam esses os ingredientes do grande sucesso que teve, aliados a um conjunto de melodias, numa altura de poucas congeminações extra-musicais.
O seu nome de baptismo é Maria da Conceição, mas pelas suas qualidades vocais impôs o nome artístico de Maria Clara.
A Maria Clara ficará para sempre ligada a “Canção da Figueira” de António de Sousa Freitas e Carlos Correia, mas a cançonetista foi um das rainhas das marchas de Lisboa sendo sua a criação da “Marcha do Centenário” (1940) de Raul Ferrão e Norberto de Araújo para além de variadas outras marchas que fizeram Lisboa cantar nas décadas de 1940, 1950 e 1960.
Maria Clara começou como amadora numa colectividade do bairro lisboeta das Necessidades, Grupo Dramático e Escolar Os Combatentes, de onde viriam aliás outros grandes nomes do panorama artístico português, designadamente Tony de Matos e Aida Baptista.
Estreou-se no teatro com um elenco de luxo, ao seu lado outro estreante, o agora realizador António Vilar.
Fez sua estreia na Costureirinha da Sé, com o António Silva, a esposa, Josefina Silva, a Luísa Durão, o Costinha, na Costureirinha da Sé, com o António Silva, a esposa, Josefina Silva, a Luísa Durão, o Costinha, Depois da ‘Costureirinha’ gravou varias operetas fado e por ai fora. Cantou na Emissora Nacional, e nos famosos "serões para trabalhadores".
Entre muitos exitos conta-se este, Ó José aperta o Laço.
Como ninguém lhe ligava
O José foi à cidade
Só p'ra ver se encontrava
Por lá qualquer novidade.
´
Viu um laço, rica ideia
Disse logo e foi comprar
E toda a gente da aldeia
Começou logo a cantar.
Ó José e aperta o laço
Ó José e aperta-o bem
Ó José e aperta o laço
Ó José e aperta-o bem.
Que o laço bem apertado
Ai, ó José fica-te bem
Que o laço bem apertado
Ai, ó José fica-te bem.
Com uma laço tão catita
Toda a vida se muda
Que até a menina Rita
Logo o José cobiçou.
Combinou-se o casamento
E foi bem curto o namoro
E até nesse momento
Ele ouviu cantar em coro.
Ó José e aperta o laço
Ó José e aperta-o bem
Ó José e aperta o laço
Ó José e aperta-o bem.
Que o laço bem apertado
Ai, ó José fica-te bem
Que o laço bem apertado
Ai, ó José fica-te bem.
Diz agora toda a gente
Que o José sem desatinos
Já guardou todo contente
Muitos laços pequeninos.
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Hão-de ser p'rós Jozesitos
Que o casal espera por fim
E é a sorrir com carinho
Que o povo canta assim.
Ó José e aperta o laço
Ó José e aperta-o bem
Ó José e aperta o laço
Ó José e aperta-o bem.
Que o laço bem apertado
Ai, ó José fica-te bem
Que o laço bem apertado
Ai, ó José fica-te bem.
E assim vos deixo desejando a todos uma boa noite.
São Percheiro