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General: BALADA PARA A VELHA ILHA
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De: isaantunes (Mensaje original) |
Enviado: 18/06/2009 08:58 |
BALADA PARA A VELHA ILHA
«Horas mortas, quando o luar passeia, As brancas tranças desfeitas, pela areia, Há sombras do passado a deslizar Por entre os muros, no cimo dos portais, Nas rochas e nas pedras carcomidas, Contando histórias velhas, já perdidas Na distância e na bruma do não-mais. Tinem ferros, há vozes e canções, Soluços e murmúrios de orações (Há quem afirme e teime que é o mar... ) Subindo em espirais feitas de mistério Ao encontro dos passos de quem passa.
Ecos dispersos de um longínquo império, roçar de sedas nos salões desertos dos seculares palácios sem vivalma. E dizem que de túmulos abertos Surgem guerreiros, bispos e donzelas
Que vão depois seguindo, à luz da lua, Tacteando as paredes, rua em rua, Até que a aurora venha e se debruce Em rubores de menina, pelas janelas.
E dizem mais... e contam... e afirmam... (Bem sei que é lenda. É lenda e fantasia — Mas que seria a vida sem o sonho E que seria duma velha ilha Sem o perfume, a estranha maravilha, Da lenda a envolvê-la em poesia?... )»
Guilherme de Melo
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De: isaantunes |
Enviado: 18/06/2009 09:02 |
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
I
Guilherme de Melo (n. 1931, em Lourenço Marques, actual Maputo em Moçambique) é um escritor português assumidamente homossexual autor de numerosas obras de ficção e não-ficção, de entre as quais se destacam A Sombra dos Dias, Ainda Havia Sol e Como um Rio sem Pontes.
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