
Olá meu amado
Não encontrei a minha caneta permanente para escrever, e peguei nesta geringonça que corre como o caraças...
Olha aqui está chuvendo água que sempre dá jeito para tomar banho e sempre se poupa um pouco. Temos de juntar um dinheirinho se nos queremos casar, até já estou juntando umas coisas que vendem no chinês sempre sai mais barato, e por falar nisso a blusa que me ofereceste devia ser de boa qualidade pois encolheu tanto que serve de funíl.

Vê só como engordei... e só por estar a escrever para ti o meu coração bate acelarado.
Lembras quando pediste ao meu pai para me namorares á janela?

Foi tão romântico... não fora a panela jogada pela janela que quase te caia em cima!

Lembras do curral onde nos escondiamos para jogar ás cartas?... aquilo é que eram tempos e outras técnicas, tu dizias. "dás- me um beijinho"?, E eu corada que nem um tomate dizia "não dou" Aquilo é que eram tempos e outras técnicas...
Olha me alembrei que o Zé da burra morreu, foi a burra claro, a palha encareceu tanto que a pobre morreu.
Agora não te esqueças quando saires do quartel deixares ai a arma, não vá ela disparar e levares um tiro nos miolos, quero-te vivo morto não me és de grande valia, ah!
Não esqueças me mandar o teu cartão de crédito pode dar jeito, beijinhos.
