Projectada refinaria de óleos na vila do Búzi - CAFEZAMBEZE

Projectada refinaria de óleos na vila do Búzi – afirma Galpbuzi espera investir 100 mil euros para o efeito na primeira fase

O CONSÓRCIO formado pelas empresas moçambicanas Companhia do Búzi e a portuguesa Galp energia projecta instalar nos próximos 10 anos uma refinaria de biocombustíveis a partir de jatropha e girassol. Para o efeito, está previsto um investimento de 100 mil euros.
Maputo, Terça-Feira, 7 de Julho de 2009:: Notícias

Gonçalo Barradas, director-geral do consórcio, disse que para a concretização desta iniciativa deverão ser equacionados alguns aspectos fundamentais, nomeadamente a existência de áreas de produção e de sementes. Neste momento já foram plantados em regime experimental 150 e 25 hectares de jatropha e girassol, respectivamente, na localidade de Bândua.

Falando à margem da recente visita do governador Alberto Vaquina ao projecto, Gonçalo Barradas explicou que a concretização do empreendimento está dependente da existência de uma área de oito mil hectares e a produção de cinco mil toneladas de sementes.

A concretização do projecto irá assegurar e acelerar o crescimento socioeconómico do distrito do Búzi, porquanto, segundo a nossa fonte, o que se está a fazer é apenas o começo, uma vez que doravante se esperam investimentos de vulto.

“Estamos a perspectivar um investimento de cerca de 100 mil euros anualmente assim que encontrarmos terrenos livres de qualquer actividade agrícola” – explicou.

A ideia, segundo Gonçalo Barradas, é que uma parte dos biocombustíveis seja exportada e a restante destinada ao consumo interno, o que vai contribuir para a redução do chamado efeito estufa, ou seja, das mudanças climáticas.

O projecto perspectiva atingir em pelo menos 10 anos cinco mil hectares, pelo que contar-se-á também com o envolvimento dos pequenos, médios e grandes agricultores para a alimentação da refinaria.

“Se conseguirmos as quantidades de semente que possam justificar a instalação de uma fábrica para a extracção de óleos tanto para a exportação como para o consumo nacional, certamente que a Galpbuzi vai seguir com o projecto” – referiu.

Para além destas culturas, o projecto está igualmente a potenciar a área social basicamente para a produção de comida para os trabalhadores, além de reabilitação de salas de aulas na EPC local.

O governador de Sofala considerou o empreendimento de um interlocutor válido junto dos camponeses, afirmando que deve ser a partir deste que as novas técnicas agrícolas devem ser disseminadas, para melhorar ainda mais a produção alimentar.

* António Janeiro