Eleva-se para 107 o número de infectados com gripe A no País

72 doentes estão curados

'Estão curados e retomaram a sua vida normal', revelou a governante, sublinhando que 'as pessoas que já tiveram gripe A são as mais seguras daqui para a frente, porque já não vão ter a doença'. Num encontro com membros das direcções dos órgãos de Comunicação Social e jornalistas, Ana Jorge fez questão de sublinhar a normalidade da vida das pessoas que contraíram o novo vírus da gripe A, lembrando que esta gripe, para 90 por cento das pessoas, 'é idêntica ou até mais ligeira do que a gripe de Inverno'.

Ana Jorge alertou para a necessidade de combater o estigma a que estão sujeitas as pessoas que tiveram gripe A – recorde-se que, até ao momento, nenhum dos doentes quis dar a cara ou ser identificado –, revelando ter conhecimento de alguns casos em que os infectados se sentiram rejeitados: 'Já nos chegaram testemunhos de pessoas que têm sido postas de lado no seu local de trabalho ou no seu círculo de amigos.'

A ministra lembrou ainda que o vírus H1N1 'não precisa de nenhum tratamento especial', revelando que mesmo num cenário mais catastrófico da pandemia gripal (a previsão aponta para a possibilidade de dois milhões e meio de portugueses poderem ser infectados), 92 por cento dos doentes não necessitarão de internamento hospitalar: poderão ser tratados em casa com antipiréticos, medicamentos para baixar a febre que não necessitam de receita médica. Falando na hipótese de Portugal atingir o pior cenário, Ana Jorge lembrou que as pessoas não estarão todas doentes ao mesmo tempo, mas garantiu que 'os serviços de saúde estão com capacidade para responder'.

Até ao momento, e ao contrário da gripe sazonal, que afecta mais idosos, o vírus H1N1 tem atingindo sobretudo pessoas até aos 40 anos (ver gráfico), situação que pode ser explicada com o facto de os mais jovens viajarem mais. Aliás, tal como demonstram as últimas cinco pessoas infectadas com a gripe A em Portugal, a maioria dos casos é importada: uma jovem de 22 anos e dois homens de 23, provenientes de Palma de Maiorca; uma mulher de 34 anos regressada da Grécia; e outra mulher, de 55 anos, que veio de Marbella, Espanha.

Inhttp://www.correiodamanha.pt/noticia.aspx?channelid=00000009-0000-0000-0000-000000000009&contentid=A945420E-0730-4C61-8DDC-1420FCEDA4D9