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General: A NOVA PONTE E O VELHO BATELÃO
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Respuesta Eliminar Mensaje  Mensaje 1 de 7 en el tema 
De: isaantunes  (Mensaje original) Enviado: 07/08/2009 22:02

 

 

 

 

Terminada a festa de inauguração

A ponte já cansada adormeceu

Nos braços do velho batelão

Seu próprio nome esqueceu...

 

Então o Zambeze disse baixinho

Foste um herói amigo batelão

Entre Sofala e Zambézia abrias caminho

Contra  a corrente parecias um leão!

 

Não leves contigo todo o passado

Vivido no sonho que é hoje realidade

Deixa que a ponte abraçe teu legado.

 

Que o dia de amanhã no seu renascer

Seja um hino à paz e à eterna união

Mais uma página da história a escrever.

 

 

 

Isabel



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Respuesta Eliminar Mensaje  Mensaje 2 de 7 en el tema 
De: maosdeaco Enviado: 08/08/2009 05:11
Amiga Isabel Bonito os teus versos,so e pena nao serem praticados no dia a dia,naquelasTERRAS- Carlos Santos

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De: sereyadozambeze Enviado: 08/08/2009 13:43
Também digo. De qualquer forma, parabéns! Vou tentar colocar aqui, com a vossa ajuda, claro, as duas crónicas que fiz lá e forma publicadas pela Rádio Moçambique. Beijos Luiza

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De: sereyadozambeze Enviado: 08/08/2009 13:43
Crónica para Jornal da Manhã 30.07.09 Luiza Menezes Bom dia A terra onde fores ter, faz como vires fazer, teimava em repetir o meu velho pai em tempo de vida, ao mesmo tempo em que nos bancos da escola aprendia outro velho ditado que reza: Em Roma sê romano. Vem isto a propósito do trabalho que uma equipa técnica da Rádio Moçambique tem vindo a realizar desde segunda feira passada, a fim de levar para o seu auditório toda a informação relativa à inauguração da Ponte Armando Emílio Guebuza. Falei de trabalho apesar de não ser o assunto que trago a este pedaço do jornal da manhã, porque, os primeiros passos da profissão ensinam também, a quem quer aprender, que o indivíduo que abraça esta profissão está de serviço onde quer que esteja, a qualquer hora do dia e a qualquer dia da semana, pois a notícia, a crónica, a entrevista e a reportagem aparecem quando menos se espera. Mas não é própriamente de trabalho que venho falar. Fazendo jus ao ditado: A terra onde fores ter, faz como vires fazer, esta imensa equipa que se quer multidisciplinar estava já informada do que viria aqui encontrar – tanto em Caia como em Chimuara, as duas margens do Zambeze agora cobertas pela imensa ponte. Já em Cabo Delgado, alguém que por aqui havia passado e esperado horas pelo Batelão, de dedo em riste me alertara para o facto de os mosquitos de Caia seram tão robustos que se matavam à fisga. Confirmei o facto quando montámos o nosso estúdio em Caia, em lugar gentilmente cedido pela governo local, e, enquanto dali transmitíamos a informação, víamos passar ininterruptamente os homens mascarados que conhecemos a fazer fumigação intradocimiliária. Pelos vistos os tais que se matam à fisga já há terão sido fumigados, porque a nossa equipa, devidamente munida de fisgas, não logrou os seus intentos em relação aos ditos cujos. Há mosquitos, sim, e que bastem, mas não tão robustos quanto isso. Há entrada da imensa ponte, na margem Norte, zona de Chimuara, há uma placa com um aviso curto e seco, mas de causar medo a quem o lê, e por isso mesmo, provavelmente também traduzido em chissena. Cuidado com o crocodilo, e depois a palavra do portador do serrote em chissena: Ngona, sem precisar de qualquer outra palavra, porque acredito que apenas dizer crocodilo seja o suficiente para dizer cuidado. Houve quem nos dissesse que rondava, pela zona onde sábado vai decorrer a festa de inauguração, e que antes era uma mata própria de beira do rio, um enorme hipopótamo, mas provavelmente alertado pela movimentação desusada, e receando transformar-se em prato principal do almoço oficial, deste paquiderme também nem rastos. De qualquer forma, apesar de todos os conselhos, avisos e ditados, havia colegas que teimam em viver na comodidade da grande cidade. E garanto que não só da equipa da RM. Quando se encomenda o almoço ou o jantar, e se tem que esperar horas para dele usufruir e poder retornar ao trabalho, ainda há quem reclame, tentando a todo o custo comparar o relógio do estômago a dar horas e o relógio solar de quem nos manda esperar mais cinco minutos. Para não falar das idas e voltas à procura de uma casa de banho apetrechada quando outras necessidades nos batem à porta. É que se por um lado uma série de antenas parabólicas nos permitem ver a TV de todo o mundo por onde quer que passemos, as casas de banho são apenas um cerco de palha ou de lona a céu aberto, que muitos insistem em fingir que não vêem e procuram conservar o que têm que fazer para lugar melhor. O quem sempre o frio que aqui se faz sentir, om permite. Enfim, esperemos que até sábado consigamos de facto que em Roma possamos ser romanos, ou, melhor dizendo, em Caia, Caianos. A novela continua amanhã.

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De: sereyadozambeze Enviado: 08/08/2009 13:44
Crónica para Jornal da Manhã 31.07.09 Luiza Menezes Bom dia Hoje, graças supostamente ao início da novela ontem, já conseguimos ser minimamente caianos em Caia. Logicamente, reduzindo-nos à nossa humilde insignificância, sem tentar imitar os que querem - e podem - ser romanos em Roma. As casas de banho ou se preferirem, os tais cercos de capim ou lona que tentam esconder as nossas vontades envergonhadas, já começaram a ser vistas e frequentadas. É que ontem, com a teimosia, ainda houve quem encetasse uma corrida desenfreada em busca do escondidinho mais próximo para se aliviar e até os que preferiram fazê-lo no pneu de um dos nossos carros, julgando haver pelas redondezas algum cachorro a quem seriam atribuídas as culpa. Os proprietários das casas de pasto já não foram obrigados a engolir as reclamações do nosso estômago a saír pela boca. Eles próprios, face ao desapontamento patente no nosso semblante ontem, ao iniciar a digestão, desistiram hoje de aumentar o preço da comida enquanto ela nos descia goela abaixo. Os mosquitos, segundo um dos nossos colegas, terão desistido de nos procurar ao descobrir serem em maior número que as pedras aqui existentes, que serviriam de municões para armar as fisgas. Bom, evoluímos um pouco, diga-se em abono da verdade. Mas de um dia para o outro nem tudo se transforma, pois até o criador do mundo precisou de uma semana. Um e outro ainda teimava em proceder como residente nas grandes capitais. Imagine só, ouvinte, um indivíduo que tem que se amanhar diáriamente com o transito em Maputo, por exemplo, vir para esta zona e andar a pé, na estrada, e ser atropelado por uma bicicleta!.... Imagine outro indivíduo que nunca tinha sentido o sabor amargo do feijão macaco e que, apesar dos avisos dos donos da terra, resolve testar o sabor.... É verdade, a par dos que apanham valentes barrigadas e teem forçosamente que deixar de ignorar as casas de banho, ainda há os que começam uma verdadeira dança do ventre com as mãos a coçar o esqueleto de Norte a Sul quem sabe até inaugurando a ponte por conta própria. Mas falava eu das bicicletas. E a propósito delas, aqui vão também as coisas boas que elas nos trazem, fora da falta de iluminação e da condução por vezes enviusada e contra a mão. Os seus proprietários, também nesta zona, percorrem quilómetros vezes sem conta ao dia e à noite para transportarem os seus passageiros, como se de verdadeiros táxis se tratassem. E por 7 kilómetros cobram apenas 20 meticais. Um dos colegas, na tentativa de ser Caiano em Caia, fez este percurso e adorou, até porque bicicleta para ele não é novidade, tanto como piloto como passageiro de primeira classe, disse-nos em tom jocoso. Verdadeira lição de partir paredes quando se trata de contribuir para o bem de todos em igual circunstância. Outra verdadeira lição de partir paredes e eliminar o departamentalismo, quando se trata do bem comum, chega-nos do único enfermeiro que funciona no centro de saúde de Caia. Revelou-nos uma das colegas cuja pressão arterial subiu ao saber do preço da comida depois de a ter consumido, e que teve que recorrer àqueles serviços, que o enfermeiro faz consultas, assiste partos e quando é preciso se transforma em farmacêutico... Ou não teria sido ele próprio a receitar os medicamento. Lições que a vida nos deu no passado e que o presente nos obriga a seguir como exemplo. É verdade, começamos a seguir o ditado a terra onde fores ter faz como vires fazer, e terminamos aprendendo uma verdadeira lição de entreajuda. Muito boa gente neste imenso país poderia e deveria estar no nosso lugar. Esta novela termina aqui. Mais tarde virão outras. Bom dia.

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De: isaantunes Enviado: 08/08/2009 21:53
Luiza, Quantos nos honra a tua bela reportagem! Acredito que, a nova ponte não tenha alterado só a paisagem, mas também a vida das populações, próximas, para melhor, claro. Recordo Caia, como sendo longe de tudo, sobretudo, pela dificuldade das deslocações. Mal chovia, as estradas ou picadas, cobriam-se de matope e os enterranços eram inevitáveis. Se as distâncias pareciam esticar, indiferentes ao nosso cansaço, as noites eram insuficientes para dormirmos dado que, grande parte do tempo era passado a caçar mosquitos. Enfim, vivências moçambicanas, que aqui partilhamos. Um abraço do tamanho do Zambeze e muito obrigada. Isabel

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De: sereyadozambeze Enviado: 09/08/2009 21:16
Obrigada. Sempre que posso... dou o gosto à caneta. Beijão


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